
A Kenmare Resources, empresa irlandesa que explora a mina de Moma, em Nampula, pôs termo às negociações com um consórcio formado pela Oryx Global Partners e por Michael Carvill, velho director executivo da empresa, que pretendia prosseguir com a compra totalidade da companhia, informou esta quinta-feira, 19 de Junho, o portal de notícias Engineering News.
Segundo o órgão, a decisão foi anunciada oficialmente esta semana, em seguida meses de conversações que começaram em Março, quando a Kenmare confirmou ter recebido uma proposta não vinculativa para a obtenção da totalidade do capital social da empresa, através de uma oferta integral em numerário.
De contrato com a empresa, o Parecer de Gestão avaliou a proposta inicial em conjunto com os seus consultores financeiros e rejeitou-a por unanimidade, considerando que a mesma subavaliava de forma significativa o valor real da Kenmare e as suas perspectivas de propagação. Apesar disso, a empresa mostrou-se disponível para colaborar, fornecendo ao consórcio informações de “due diligence” limitadas, de modo a permitir uma eventual melhoria dos termos financeiros da proposta.
Ao longo dos últimos meses, a Kenmare manteve o diálogo com o consórcio, partilhou documentação suplementar e permitiu a prosseguimento do processo de avaliação, com o objectivo de facilitar o entrada do consórcio a potenciais parceiros de financiamento. Foram também discutidos os termos contratuais e outras condições relevantes da proposta.
No entanto, no mais recente contacto entre as partes, o consórcio informou que somente estaria disposto a prosseguir com uma oferta a um valor significativamente subordinado ao proposto inicialmente, solicitando ainda mais tempo para concluir diligências adicionais de financiamento. O Parecer de Gestão da Kenmare voltou a rejeitar esta proposta revista, também por unanimidade, reiterando que a mesma não reflectia o verdadeiro valor da empresa.
Kenmare opera a mina de Moma, localizada na província de Nampula, sendo uma das principais fontes globais de minerais pesados de titânio
Em declarações públicas, o presidente do Parecer de Gestão, Andrew Webb, afirmou que “a Kenmare apoiou activamente o processo de avaliação do consórcio e deu a devida atenção à proposta, apesar de esta não ter sido solicitada e numa período ainda precoce”. Acrescentou ainda que o Parecer continuará circunspecto a todas as oportunidades que possam gerar valor a longo prazo para os accionistas e demais partes interessadas.
O responsável reforçou a crédito do Parecer de Gestão no porvir da empresa enquanto entidade independente. “A mina de Moma é um dos maiores depósitos de minerais de titânio a nível mundial, com uma vida útil que se estende por várias décadas, um perfil de custos baixos e valor intrínseco considerável. A Kenmare mantém-se em rota para satisfazer as metas de produção de 2025 e possui uma carteira de encomendas sólida para o segundo semestre deste ano”, garantiu.
Presentemente, a empresa está a executar o projecto de modernização da Unidade de Concentrado Húmido A (Wet Concentrator Plant A), cuja período de comissionamento deverá iniciar-se no terceiro trimestre. A reconfiguração prepara a operação para a exploração da zona de minério de Nataka, uma área-chave para confirmar a produção sustentável da mina e a geração contínua de fluxos de caixa, mesmo em contextos adversos de mercado.
A mina de Moma, localizada na província de Nampula, é uma das principais fontes globais de minerais pesados de titânio, essenciais para indústrias uma vez que a aviação, a construção e a produção de tintas e plásticos.
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