Foram várias as caras do mundo do futebol que marcaram presença no último adeus a Diogo Jota e André Silva, entre eles Ruben Dias e Nélson Semedo, as velhas glórias João Vieira Pinto e Toni, Pedro Proença, André Villas-Boas ou a comitiva vinda de Liverpool.
 
No entanto, houve uma falta notória: a do capitão da seleção pátrio Cristiano Ronaldo. E precisamente sobre esta não presença que Ana Garcia Martins, mais conhecida porquê ‘A Pipoca Mais Gula’, se manifestou na sua página de Instagram. 
“Há dias comentava com alguém o quão afortunados somos nós, os contemporâneos do Cristiano, por podermos ter vivido na mesma era. Para os meus filhos, o Cristiano será uma mito de quem terão uma memória mais ou menos vaga, mas a curso dele acompanhou toda a minha vida adulta, e que privilégio que tem sido. É um exemplo de tudo – foco, talento, resiliência, cobiça, esforço – e sei, com pena ou talvez não, que não viverei tempo suficiente para observar ao emergência de outro jogador com a mesma dimensão. Sendo de outro planeta, o Cristiano é português, porquê não sentir orgulho por termos o melhor de todos?”, começou por redigir. 
“Mas a vida não são só golos, títulos, recordes pessoais, superação. A vida, às vezes, é uma filha da putice gigantesca que faz com que um colega de equipa, um colega, desapareça tragicamente com o irmão ao lado. E aí, meus amigos, não há volta a dar: é preciso chegar-se adiante e estar. Não questiono, por um segundo, que o Cristiano não esteja a suportar com esta perda. Mas não consigo perceber que, enquanto capitão, não tenha marcado presença”, refletiu. 
“Faz secção das obrigações institucionais? Não, provavelmente. Mas tem de fazer secção das obrigações morais. Porque senão, o que é que sobra? Estar lá pelo colega, pela família, pelos colegas e um bocadinho por todos nós, cada português que representa e que sente orgulho de vê-lo de braçadeira”, acrescentou. 
“Há 20 anos que o Cristiano sabe o que é o assédio da prensa, dos fãs, não é uma novidade. E sabe também porquê proteger-se disso, tem meios mais do que suficientes e sabe que, em querendo, seriam criadas todas as condições para poder estar em segurança e com a máxima honra”, comentou. 
“A sua presença neste funeral não ofuscaria ninguém porque, feliz ou infelizmente, nem o Ronaldo consegue ofuscar a imagem dilacerante de dois caixões e de uma família desfeita. Não há imagem mais poderosa do que essa. E, por isso, era só estar. Descer um bocadinho do Olimpo onde foi disposto – com todo o valor – e homenagear um colega”, continuou.
“Não devolvia a vida a ninguém mas, de alguma forma, confortava um país inteiro. O Ronaldo é quase um deus. Mas falta o quase”, disse, por término. 

De recordar que Cristiano Ronaldo reagiu publicamente à morte de Diogo Jota nas redes sociais, tendo-se mostrado muito transtornado com a partida do colega da seleção pátrio. 
“Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na seleção, ainda agora tinhas casado. À tua família, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo. Sei que estarás sempre com eles. Descansem em Silêncio, Diogo e André. Vamos todos sentir a vossa falta”, pode ler-se numa emotiva mensagem que publicou nas redes sociais. 

Avançado de 40 anos não tardou em lamentar a partida de Diogo Jota, ex-companheiro da seleção pátrio que morreu num acidente de viação, através de uma publicação emotiva nas redes sociais.
Miguel Simões | 11:17 – 03/07/2025

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Diogo Jota e o irmão André Silva morreram na madrugada de quinta-feira, dia 3 de julho, num acidente de coche em Espanha. 
Depois de o irmão ter faltado ao funeral dos futebolistas, Katia Aveiro saiu em resguardo de Cristiano Ronaldo, recordando a partida do pai de ambos. 
“Quando o meu pai morreu, além da dor da perda, tivemos de mourejar com a enchente de câmaras e curiosos no cemitério”, lembrou, referindo ainda que no funeral as pessoas “destruíram campas, jazigos” e “subiram onde lhes calhava”, numa “ruína totalidade num cemitério nunca antes vista”.
“É absurdamente vergonhoso observar a canais de televisão/comentadores/redes sociais, a dar ênfase a uma falta (sábia), do que a homenagear com reverência a dor de uma família destruída pela secção de dois irmãos”, comentou, prometendo bloquear qualquer pessoa que lhe enviasse mensagens a criticar CR7. 

Katia Aveiro, mana de Cristiano Ronaldo, recordou o funeral do próprio pai, em 2005, para justificar a falta do capitão da seleção pátrio no funeral de Diogo Jota e André Silva.
Notícias ao Minuto | 22:12 – 05/07/2025