
A primeira-ministra, Benvinda Levi, defendeu esta quarta-feira, 23 de Julho, a urgência de substanciar os mecanismos de fiscalização das penas alternativas à prisão, porquê forma de combater a sobrelotação nas cadeias nacionais, uma “verdade desafiante” que continua a marcar o sistema penitenciário vernáculo, informou a dependência Lusa.
“O nosso sistema penitenciário ainda enfrenta uma verdade desafiante que está relacionada com a superlotação das penitenciárias, muito porquê as dificuldades de manutenção da segurança e disciplina dos internos”, afirmou a primeira-ministra, durante a buraco de um simpósio em Maputo sobre Penas Alternativas e Perspectivas de Redução da Superlotação nos Estabelecimentos.
Benvinda Levi alertou para as “graves implicações” da sobrelotação nas cadeias sobre os direitos humanos dos reclusos, a reinserção social e a crédito dos cidadãos no sistema de justiça. Apelou, por isso, a “acções concretas” para o aprimoramento da emprego das penas alternativas, destacando a urgência de maior divulgação dos instrumentos legais existentes, formação contínua dos operadores de justiça e uma cultura jurídica centrada na justiça restaurativa.
“O recluso não é um número, nem um problema. É um cidadão, é um ser humano e porquê tal deve ser tratado com honra”, reforçou.
Segundo dados do Ministério da Justiça, Moçambique alberga murado de 21 milénio reclusos, embora a capacidade instalada do sistema penitenciário seja de 4498. A discrepância traduz-se numa pressão acrescida sobre as instituições de segurança, justiça e reparação social.
“O nosso sistema penitenciário ainda enfrenta uma verdade desafiante que está relacionada com a superlotação das penitenciárias, muito porquê as dificuldades de manutenção da segurança e disciplina dos internos”
A vice-presidente do Tribunal Supremo, Matilde Almeida, reconheceu recentemente as dificuldades na emprego de penas alternativas devido a episódios recorrentes de fugas de detidos, um problema que compromete a crédito no sistema e a eficiência das medidas alternativas.
Governo prevê construção de 13 estabelecimentos prisionais
Na segunda-feira (21), durante o arranque das comemorações dos 50 anos do Serviço Pátrio Penitenciário, o director-geral da instituição, Ilídio Miguel, voltou a tutelar o uso de penas alternativas porquê um dos caminhos para mitigar o problema da sobrelotação.
“Se, paralelamente ao processo de construção de novos estabelecimentos, implementarmos efectivamente as penas alternativas à pena de prisão, vamos também lograr reduzir a questão da superlotação”, declarou.
O Governo prevê edificar 13 novos estabelecimentos penitenciários até 2029, num esforço para aumentar a capacidade do sistema. Presentemente, o País conta com quase 160 estabelecimentos prisionais, entre regionais, provinciais e distritais. Em Julho de 2023, havia já sido anunciada a intenção de edificar pelo menos 10 cadeias distritais em todo o território vernáculo.
Porém, as autoridades sublinham que as infra-estruturas, por si só, não resolverão o problema. Para Benvinda Levi, a justiça penal deve ser um instrumento de reconciliação, reparação e esperança, e não uma “máquina de exclusão”.a d v e r t i s e m e n t
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