
Miguel Oliveira teve uma prestação inglória na corrida deste domingo no GP Sachsenring, na Alemanha. O piloto português da Pramac, que pertence à Yamaha, mostrou-se resignado com a prestação, referindo que a inclinação da mota foi ‘inevitável’. O motociclista proveniente de Almada ainda falou sobre o seu porvir e as decisões da marca para a próxima temporada.
“Não falei com ninguém. É importante frisar que, posteriormente cada sessão, eu não vou perguntar nem faço abordagens sobre o que é que acham. Nós estamos a trabalhar, o nosso foco é retirar o supremo partido da mota, fazer um trabalho normal, sem ter toda esta questão do porvir na mente. Eu estou remoto desta situação no sentido em que mentalmente não ocupa espaço nenhum. A equipa também está a fazer a mesma coisa”, começou por expressar em declarações à SportTV.
“Foi uma situação causada pela Yamaha, o meu contrato é com a Yamaha, ou seja, indiretamente tem a ver com a equipa, mas não tem zero a ver com a equipa. Logicamente que eles se podem pronunciar sobre isso, mas quem manda cá é a Yamaha. Já há muitas corridas detrás, não é de agora, tomaram uma decisão sobre um piloto para 2026, e agora têm mais pilotos do que lugares. Nem sequer eu vou estar preocupado com isso, eu simplesmente tenho de caminhar de mota, dar o meu melhor, e se isso for o suficiente para que eles achem que o Miguel merece estar cá, tudo muito, senão há outra vida para além disto”, reiterou.
O piloto português Miguel Oliveira (Yamaha) desistiu hoje do Grande Prémio da Alemanha de MotoGP, 11.ª ronda da temporada, depois de suportar uma queda na terceira volta.
Lusa | 13:32 – 13/07/2025
“O arranque foi normal, estava à espera de um bocadinho mais de velocidade, mas desde sexta-feira que não temos a oportunidade de praticar o arranque e saí muito em traço com os outros dois pilotos da Yamaha em nível de tempo e de velocidade, mas mal larguei a embraiagem, os pilotos da minha fileira conseguiram fazer um bocadinho mais de metros para a frente”, continuou já sobre a corrida deste domingo.
“Fiquei ali um bocadinho ‘ensanduichado’. E depois, numa pequena guerra com o Raul Fernández na [curva] oito, ele ultrapassa-me e eu volto a passá-lo por dentro. Faz-nos perder ali três, quatro motos para o Luca Marini. Consegui restaurar até à 12 e depois na 13 travei mais cedo porque na volta anterior tinha ido muito largo na trajetória. E caí com a mesma velocidade que na volta anterior, mas com mais de três graus de inclinação. Uma coisa muito mínima, mas que foi suficiente para desabar”, acrescentou.
“Teve a ver com várias coisas. A primeira delas é que não tínhamos borracha na pista. Sábado e também já na sexta-feira, com a chuva, a pista ficou completamente limpa de borracha. Saímos com o pneu mais duro adiante, isso não nos dá o maior grip e, não tendo a pista borracha, nem a temperatura certa, era mais quebrável pôr o pneu a funcionar. Uma vez que já funcionava a nível temperatura, vimos que as quedas foram todas quase com nenhum outro piloto adiante, à exceção da queda do Mir e do Ogura, salvo erro. Tudo o resto foram low sides, muito vagarosamente, sempre para a direita. Portanto, com essa vertente da temperatura a não ser o mais favorável”, concluiu o motociclista português.
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