As empresas de reparação viatura e de negócio de usados enfrentam escassez de pessoal habilitado. É uma das principais dificuldades, conclui um relatório divulgado esta quarta-feira, elaborado pela Associação Vernáculo das Empresas do Negócio e da Reparação Veículo (ANECRA).
 
No interrogatório de lance anual realizado pela ANECRA junto das suas associadas, 48% das 212 comerciantes de automóveis usados em Portugal que responderam ao interrogatório apresentaram a falta de pessoal habilitado uma vez que a principal dificuldade, seguindo-se os custos com promoção do dedo (44%) e garantias muito longas (38%).
O documento aponta ainda que 60% dos usados foram vendidos por até 20.000 euros em 2024, enquanto os segmentos médio (34%) e médio grave (25%) foram os mais vendidos por estas empresas.
Murado de 70% dos comerciantes de usados vendem até 10 viaturas por mês e exclusivamente 7% vendem mais de 25 no mesmo período.
O mercado dos usados apresenta elevada disseminação a nível de pontos de venda, com 86% a terem exclusivamente um ponto de venda e 11% dois estabelecimentos.
A nível de faturação, murado de dois terços das inquiridas tem receitas anuais inferiores a um milhão de euros, tendo 3% supra de cinco milhões de euros. Quase dois terços (64%) disse ser intermediária de crédito, sendo metade das viaturas financiadas pelo mercador.
Para levante ano, 48% antecipam melhores resultados que em 2024, enquanto 18% preveem piores resultados.
Já no campo da reparação viatura, entre as 253 respostas, 74% também apontaram a falta de pessoal habilitado uma vez que maior dificuldade, reunindo um maior consenso que as respostas seguintes: custos da gestão ambiental (39%) e a concorrência desleal entre operadores (33%).
Os dados corroboram as declarações do secretário-geral da ANECRA, Roberto Gaspar, que em novembro disse à Lusa que faltavam “algumas dezenas de milhares de pessoas no setor da manutenção e da reparação”.
Na ocasião, o responsável da associação destacou áreas uma vez que bate-chapa ou pintura, mas também de mecatrónica – que “era uma espaço em que não havia falta de pessoal, mas que já começa a ter” – e até de rececionistas.
Neste segmento, mais de 90% das oficinas fizeram um balanço positivo dos resultados de 2024.
No ano pretérito, a mediana de preço-hora nas reparações subiu 7,9% face a 2023, para 34,03 euros (sem IVA), mas o estudo aponta que 57% das empresas já aumentou “ou tenciona aumentar” o preço levante ano.
As viaturas elétricas representaram 2% das viaturas assistidas e 1,7% da faturação, sendo a mediana de preço-hora para levante tipo de viatura de 36 euros mais IVA.
Num retrato sobre os recursos humanos destas empresas, o interrogatório da ANECRA concluiu que há uma mediana de cinco funcionários produtivos e dois não produtivos, apresentando os bate-chapas a maior média de idades (49 anos), adiante de pintores (45) e mecânicos (41).
A faturação mensal esteve entre 10.000 e 25.000 euros para murado de um terço das empresas e supra deste valor para mais de 40%, enquanto a percentagem de peças ‘verdes’ – ou usadas – aplicadas nas reparações representa menos de 25% em mais de 90% das oficinas.
Um terço tem ainda acordos com seguradoras e uma em cada quatro acordos com gestoras de frotas, sendo que 71% tem qualquer tipo de convénio com clientes com grandes frotas.
No ano pretérito, a mediana apontou para 850 obras por cada reparador, das quais 60% foram a particulares.
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