
Ao longo de quase 60 anos, a Lotus – agora sob a tutela da Geely – produziu na fábrica de Hethel. O porvir das instalações está, agora, envolvido em alguma incerteza, com a possibilidade de mudar a produção para os Estados Unidos da América. No entanto, não existem intenções de fechar qualquer fábrica.
Um fecho deixaria em risco mais de 1.000 postos de trabalho. De pacto com a publicação Autocar, a gestão na China terá obrigado já a parar a produção: no meio de maio, houve uma interrupção no fabrico do Emira, que é o protótipo mais importante naquela fábrica. Tudo devido às tarifas. Além do Reino Uno, o construtor também produz em Wuhan (China).
A Autocar escreve que, segundo o The Financial Times, o governo britânico já veio manifestar disponibilidade para concordar a Lotus.
Para outrossim, esta segunda-feira entra em vigor o entendimento entre o Executivo do Reino Uno e a gestão Trump para que as tarifas relativas aos automóveis fabricados em solo britânico importados nos Estados Unidos desçam dez por cento. Antes, o requisito era remunerar 25 por cento das importações – não só de carros, uma vez que também de peças.
Claro é que a marca apresentou prejuízos e tem vindo a trinchar nas despesas a vários níveis – incluindo o layoff de 270 trabalhadores em Hethel no termo de abril parcialmente motivado pelas tarifas, informa a BBC.
A escolha dos Estados Unidos da América ajudaria a mitigar as barreiras causadas pelas tarifas de Donald Trump, e o diretor-executivo da Lotus, Feng Qingfeng disse há poucos dias numa chamada com investidores: “Acreditamos que a localização é um projecto viável. Estamos a tentar alavancar a nossa estratégia nos EUA para restaurar dos prejuízos devido à subida das tarifas”.
Entretanto, num transmitido, a marca esclarece: “O Reino Uno é o coração da marca Lotus – mansão do nosso fabrico de carros desportivos, meio de design global, operações no desporto motorizado e Lotus Engineering. É também o nosso maior mercado mercantil na Europa. A Lotus Cars continua com as suas operações normais e não há planos para fechar a fábrica”.
A nota de prelo enaltece o investimento poderoso feito no Reino Uno recentemente. E também refere que a Lotus está a “explorar ativamente opções estratégicas para melhorar a eficiência e prometer competitividade global no mercado em evolução”.
O documento termina com uma garantia de compromisso da Lotus Cars para com “os clientes, funcionários, concessionários, fornecedores”.
Fundada em 1952, a Lotus começou numa garagem do seu lendário fundador, Colin Chapmanan. Desde 1966 que está baseada em Hethel, exclusivamente sete anos depois de se mudar para novas instalações em Cheshunt.
Leia Também: Novo coche do Rei Carlos III é elétrico e custa quase 200.000 euros