“A OPEP é um monopólio, queiramos ou não. E porquê todos os cartéis, vive de quotas impostas. Não era Angola que ia ao encontro da quota, era a quota que vinha ao nosso encontro. Chegaria o momento em que teríamos de trinchar a produção. E isso não seria justo para o país”, disse o ministro, sublinhando que Angola ainda depende fortemente do petróleo, apesar da aposta na diversificação económica.
 
Diamantino Azevedo, que falava em Luanda posteriormente uma apresentação sobre a industria de diamantes a nível internacional, considerou ainda que, nos cartéis, “os países mentem sobre a produção, mentem sobre as reservas”, rejeitando a teoria de regular o mercado através da limitação da oferta, tanto no setor do petróleo porquê no dos diamantes.
“Não acredito nesse caminho. Temos que ser nós próprios a mostrar o valor dos nossos recursos”, afirmou.
O ministro apontou também para o declínio oriundo da produção petrolífera em Angola, agravado por falhas de gestão, que o Governo está agora a tentar inverter.
“Deixámos de fazer prospeção, deixámos de licitar blocos, deixámos de rever o nosso protótipo de governação. Agora estamos a emendar”, disse.
Angola anunciou oficialmente a sua saída da OPEP em dezembro de 2023, posteriormente 16 anos de participação, em protesto contra a quota imposta — 1,11 milhões de barris por dia — que estava aquém da sua capacidade produtiva.
O país, que atravessa já um declínio oriundo da produção, devido à maturidade dos seus principais campos e à escassez de novos investimentos em prospeção, considerou que limitar ainda mais a produção seria contraproducente para uma economia que continua altamente dependente das receitas petrolíferas.
O ministro destacou, por outro lado, a aposta de Angola em parcerias com os Estados Unidos e com instituições de primazia, porquê o Massachusetts Institute of Technology(MIT).
“Quem não quer trabalhar com os melhores? Estamos a preparar os nossos estudantes e instituições para que, um dia, possam estar ao nível das melhores universidades do mundo”, sublinhou, acrescentando o esforço do Governo em estudar o potencial em minerais críticos e atrair investimento norte-americano.
“Não estamos a reagir. Estamos a ser proativos”, assegurou.
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