
O ex-procurador do INSS Virgílio Antônio Rebento e os empresários Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, espargido porquê “Careca do INSS”, recorreram à Justiça Federalista em Brasília para tentar anular a investigação da Polícia Federalista que apura um esquema de prevaricação em descontos indevidos sobre benefícios previdenciários. A informação foi divulgada pelo UOL.Todos são alvos da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela PF. A ofensiva identificou fraudes milionárias envolvendo associações conveniadas ao INSS, que aplicavam mensalidades associativas maquinalmente nos contracheques de aposentados e pensionistas. A PF apura se essas entidades eram utilizadas para desviar recursos públicos por meio de contratos fraudulentos, com repasses irregulares e privação de autorização expressa dos beneficiários.VEJA TAMBÉM:Especialistas denunciam vazamento “sem precedentes” de 16 bilhões de senhas da Apple, Google e Facebook: veja porquê se protegerBolsonaro e Caiado discutem unificação da direita para 2026 em reunião fechadaDefesa questiona uso de dados do Coaf para investigar fraudeNa ação judicial, a resguardo dos três investigados alega que houve ilegalidade no uso de dados do Coaf (Juízo de Controle de Atividades Financeiras), que embasaram a deflagração da operação. Os advogados se amparam em um entendimento recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo o qual a Polícia Federalista não pode requisitar Relatórios de Lucidez Financeira (RIFs) diretamente ao Coaf sem autorização judicial prévia.Com base nessa decisão, os defensores pedem a nulidade de todas as provas derivadas dos relatórios financeiros, por considerarem que houve violação ao devido processo permitido e aos direitos fundamentais dos investigados.O pedido está sob estudo da 15ª Vara Federalista de Brasília, que vai determinar se acata ou não o argumento de ilegalidade na origem das provas.