
Dois dias em seguida aquele que é considerado o maior ataque ao sistema financeiro brasiliano, o Banco Meão ainda não deu explicações sobre o ocorrido. O órgão mantém-se em silêncio, apesar dos reiterados pedidos de informação feitos pela Publicação do Povo e por vários outros veículos.O ataque ocorreu na tarde de terça-feira (1º), quando um hacker ou um grupo de hackers — não há informações específicas sobre a origem do ataque — invadiu o sistema da C&M Software, vinculada ao Sistema de Pagamentos Brasílio (SPB). A empresa presta serviços de tecnologia para instituições financeiras.Ao acessar os dados da C&M, foi verosímil acessar as contas de suplente — contas de segurança mantidas no Banco Meão — de clientes da empresa. Até o momento, três instituições confirmaram à prensa que tiveram recursos desviados de suas contas: a BMP, o Banco Paulista e a CredSystem.Ainda na terça-feira, o Banco Meão emitiu uma nota confirmando o ataque:“A C&M Software, prestadora de serviços de tecnologia para instituições provedoras de contas transacionais que não possuem meios de conexão própria, comunicou ataque à sua infraestrutura tecnológica. O Banco Meão determinou à C&M o desligamento do chegada das instituições às infraestruturas por ela operadas”, disse a autonomia, que permanece em silêncio desde portanto.Quanto foi desviado no ataque hackerAté o momento, não se sabe quanto foi realmente desviado no ataque hacker. Estimativas iniciais do Valor indicavam ramal de R$ 400 milhões. No entanto, de entendimento com o Brazil Journal, o montante é de tapume de R$ 1 bilhão. Apurações posteriores indicam que aproximadamente R$ 500 milhões podem ter sido desviados de uma única empresa.O que se sabe até o momento é que houve tentativa de transmutar os recursos em criptomoedas e bitcoins. Algumas casas de conversão, ao perceberem os valores muito altos, suspeitaram das informações e suspenderam as operações.No entanto, há indicativos de que exclusivamente uma pequena segmento do valor desviado tenha sido recuperada.VEJA TAMBÉM:Ataque hacker desviou até R$ 1 bilhão de cinco instituições financeiras