
Em entrevista à Lusa, José Ferrari Careto explicou que a atual estrutura dos contratos, que inclui a distribuição de eletricidade em baixa tensão e a gestão da iluminação pública a um único concedente, tem apresentado um desempenho “eficiente”.
O responsável – que falou à Lusa no contexto do Dia Mundial da Robustez, que se assinalou na quinta-feira -, garante que os 278 contratos vigentes, assegurados pela E-Redes, do grupo EDP, mantêm-se em vigor até que um novo concurso público seja lançado, conforme previsto no Decreto-Lei 15/2022, afastando dúvidas sobre eventuais caducidades ou falta de investimento.
Em fevereiro deste ano, o Governo anunciou que ia prorrogar o prazo para a apresentação do relatório final com as propostas para o padrão do concurso para as concessões elétricas de baixa tensão por mais um ano.
O prolongamento desse passo importante, necessário para o arranque das novas concessões que fornecem força aos consumidores domésticos, foi solicitado pela Percentagem de Coordenação para a Baixa Tensão, liderada por Nuno Ribeiro da Silva, devido à complicação do processo cuja discussão é anterior a 2019.
Destacando a “qualidade do serviço atual”, a E-Redes alerta para os perigos de se continuar para um padrão de múltiplos concessionários, apontando que “introduz complicação na operação” e “dificulta a integração técnica”, sobretudo porque a separação entre baixa e média tensão não é generalidade nem prática na Europa. Uma vez que exemplo, apontou o recente apagão de força na Península Ibérica a 28 de abril.
“O facto de nós termos visibilidade da subida, média e baixa tensão, acabou por contribuir para que tivéssemos uma atuação mais célebre na recuperação de força”, sustentou.
Ou por outra, considera que a transição entre concessionários implica riscos acrescidos, oferecido que envolve milhares de trabalhadores e um proeminente volume de investimentos e sistemas tecnológicos em funcionamento. O presidente comparou esta mudança a “trocar os motores de um avião em pleno voo”, uma operação que exige monitorização cuidadosa para evitar impactos na segurança e firmeza do sistema.
Por termo, questionado se vão concorrer quando o concurso for lançado, sublinhou que a E-Redes está preparada para continuar, desde que as condições e regras do concurso estejam definidas claramente. “Uma vez que em qualquer situação, só temos de tomar decisões perante situações concretas”, concluiu.
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