
Mais de meia centena de empreendedores manifestou-se esta segunda-feira, 30 de Junho, no terminal internacional de passageiros do Aeroporto Internacional de Maputo, contra um alegado aumento das tarifas no desembarque de mercadorias, informou a escritório Lusa.
“O valor cobrado é sobejo saliente e acaba por não ressarcir para o tipo de negócio que fazemos, que é a venda de roupas. Ficamos praticamente sem saber se devemos continuar a praticar a nossa operosidade ou não”, declarou Eduarda Fernandes, uma das empreendedoras presentes na obra de protesto, em declarações à escritório Lusa.
Vídeos enviados ao órgão mostram o grupo no interno do aeroporto, empunhando cartazes e clamando por “socorro”, ao mesmo tempo que impediram temporariamente a saída de passageiros.
“Em determinado momento, barrámos a saída dos passageiros provenientes da companhia Qatar Airways, que é a que mais utilizamos. Só permitimos a passagem da tripulação, porque queríamos que todas as malas, incluindo as dos passageiros, ficassem retidas”, explicou uma das manifestantes.
O grupo de pequenos importadores, que adquire mercadorias maioritariamente na China, queixa-se de que, para além do aumento das tarifas, as bagagens são agora transferidas, à chegada, para o terminal de fardo em vez do terminal de passageiros, porquê era prática habitual até à semana passada.
“Agora somos obrigados a ir ao terminal de fardo, onde a mercadoria muitas vezes desaparece. Depois, ainda temos de remunerar a um despachante. É uma burocracia que atrasa o nosso trabalho e prejudica os prazos de entrega aos clientes”, criticou Eduarda Fernandes.
O grupo de pequenos importadores, que adquire mercadorias maioritariamente na China, queixa-se de que, para além do aumento das tarifas, as bagagens são agora transferidas, à chegada, para o terminal de fardo em vez do terminal de passageiros
Segundo os manifestantes, o dispêndio por cada mala contendo mercadorias era anteriormente de até oito milénio meticais (125 dólares), mas duplicou na última semana para valores a partir de 15 milénio meticais (235 dólares).
“Nós não vamos remunerar essa taxa. Somos pequenos empresários e devemos ser protegidos para podermos crescer”, afirmou Zebito, outro membro do grupo.
“Porque é que nos tiram a comida da mesa dos nossos filhos? Porque é que nos tiram o pão? É para ficarmos na rua?”, questionou uma outra manifestante, já no exterior do terminal, no parque do aeroporto.
O grupo abandonou o terminal de passageiros tapume de uma hora depois do início da sintoma, alegadamente para manter conversações com as autoridades aeroportuárias. O processo negocial, segundo Eduarda Fernandes, só deverá ser concluído na terça-feira (1 de Julho).
“Ainda não terminámos. Enquanto não houver uma resposta concreta da segmento deles, não temos porquê parar”, concluiu.a d v e r t i s e m e n t