
a d v e r t i s e m e n tA semana ficou marcada por quatro acontecimentos que dominam o debate macro-económico vernáculo: o ‘stock’ da dívida pública ultrapassou, pela primeira vez, os 15 milénio milhões de dólares; o Governo publicou o decreto que operacionaliza o Projecto Poupado e Social e Orçamento do Estado de 2025 (PESOE-2025); economistas abordam “urgência” melhoria da cobrança de impostos e namoro de despesas correntes e, por término, a taxa de lucro de referência (prime rate) manteve-se inalterada nos 18%, sinalizando prudência monetária num contexto de risco fiscal ressaltado.
Dívida pública atinge novo sumo históricoNa segunda-feira (26), o Ministério das Finanças divulgou o relatório do 1.º trimestre, revelando que o ‘stock’ da dívida pública ascendeu a 16,8 milénio milhões de dólares (milénio milhões de meticais), um acréscimo trimestral de 2,7%. “A pressão provém, sobretudo, das emissões internas, que cresceram 8,9%, enquanto a dívida externa recuou 1,2%”, sublinha o documento.
O rácio dívida/PIB fixou-se em 74% no final de 2024 e poderá atingir 80,5% num cenário de abrandecimento parcimonioso, advertindo o relatório que o serviço da dívida interna poderá rondar 372 milhões de dólares (26,9 milénio milhões de meticais) em Setembro, pico anual de pagamentos.a d v e r t i s e m e n t
Governo fecha volta legítimo do PESOE-2025O Parecer de Ministros, reunido em Xai-Xai, aprovou o decreto de realização do PESOE-2025, lanço que permite a plena ingressão em vigor do orçamento de 7,9 milénio milhões de dólares (512,7 milénio milhões de meticais). “A partir de agora, as instituições públicas poderão funcionar regularmente e dar seguimento às acções previstas”, declarou o porta-voz do Executivo, Inocêncio Impissa.
O diploma delega competências orçamentais a todos os níveis de governação e reforça restrições a novas admissões na função pública, visando manter a volume salarial em 3,1 milénio milhões de dólares (205,5 milénio milhões de meticais) e reduzir a despesa totalidade para 30,7% do PIB em 2027.
A Associação Moçambicana de Bancos confirmou que a prime rate ficará em 18% em Junho
Analistas insistem na consolidação fiscalO Quotidiano Poupado publicou a opinião de um tela de especialistas sobre o PESOE-2025. Gift Essinalo (CIP) defendeu que “sem uma Poder Tributária eficiente, qualquer medida ficará no papel”. Naima Nurein considerou a meta de inflação “exequível se o Banco de Moçambique mantiver firmeza”, enquanto Egas Daniel alertou para a rigidez da despesa de funcionamento: “Com 68,5% do orçamento simpatia a custos correntes, falta margem para investimento produtivo.”
Os economistas convergem na premência de alargar a base tributária, trinchar isenções e usar uma estratégia de médio prazo para a dívida, transparente e sujeita a metas rígidas.
Prime rate permanece em 18% apesar do risco fiscalA Associação Moçambicana de Bancos confirmou que a prime rate ficará nos 18% em Junho, em seguida dois cortes de 50 pontos base em Março e Maio. A decisão reflecte a redução da taxa MIMO para 11,75%, mas mantém-se a cautela: “Persistem incertezas quanto ao agravamento do risco fiscal”, justificou o Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique.
O crédito à economia aumentou 0,3% em Março, para 3,9 milénio milhões de dólares, ainda inferior do sumo de Novembro de 2024 (4,1 milénio milhões dólares em crédito totalidade).
Texto: Felisberto Rucoa d v e r t i s e m e n t