
“Sabemos que a atual ensejo internacional é de fortíssima incerteza em termos quer económicos, quer de segurança […] mas também pode ser para a Europa, uma vez que temos defendido a nível dos debates europeus, uma manancial de oportunidade, sobretudo para o papel do euro em termos internacionais”, afirmou o ministro.
O governante falava na conferência anual da Percentagem do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sob o tema “Uma Novidade Desejo para os Mercados de Capitais”, em Lisboa.
Miranda Sarmento disse ainda que a Europa tem que trabalhar em conjunto para “enfrentar os desafios e encontrar as melhores soluções que posicionem a Europa uma vez que um parceiro de referência e confiável junto dos investidores”.
Em termos de regulação, o ministro das Finanças ressalvou que o quadro regulamentar a nível europeu está “cada vez mais multíplice” e usou o exemplo dos ‘criptoativos’ que também necessitam de regulamentação, porém de uma forma mais “adequada e proporcional, que permita substanciar a crédito de todos nos agentes do mercado”.
Em termos nacionais, o governante lembrou que o marcado pátrio apresenta “algumas limitações e desafios”, e defendeu que é necessário Portugal aproveitar a “atual dinâmica europeia”.
“Sabemos que o mercado de capitais pátrio apresenta algumas limitações e desafios e devemos aproveitar a atual dinâmica europeia para posicionar o país e aproveitar as oportunidades que se criam para todos os cidadãos e, naturalmente, para as nossas empresas”, avançou Miranda Sarmento.
No que concerne aos instrumentos de poupança dos portugueses, “os depósitos a prazo são claramente dominantes”, disse, referindo que estes são “menos competitivos do ponto de vista do retorno de médio e longo prazo”.
O que revela “uma aversão ao risco proveniente dos investidores, sobretudo dos pequenos investidores”, acrescentou.
Em termos de políticas nacionais, o ministro lembrou que o atual Governo aprovou um pacote de medidas que assentam em incentivos para retenção de instrumentos financeiros a médio e longo prazo.
Leia Também: Miranda Sarmento confia no propagação supra dos 2% (e o excedente?)