
Os dados da ‘Estatísticas da pesca’ relativos a 2024, mostram que no ano pretérito foram abatidas 83 embarcações à frota pesqueira, uma descida de 89,2% face a 2023, com o INE a referir que esta possante redução foi justificada pela retirada administrativa em 2023 de um número ressaltado de embarcações, que há mais de 30 anos não exerciam atividade.
Segundo a informação hoje divulgada pelo INE, a frota de pesca pátrio capturou 165.747 toneladas de pescado, o que representou um decréscimo de 3,2% na produção da pesca pátrio face aos valores de 2023.
O pescado transacionado em lota gerou uma receita de 337.666 milénio euros, refletindo um decréscimo de 0,6% relativamente ao ano anterior.
Em contrapartida, o preço médio anual do pescado fresco ou refrigerado descarregado em 2024 subiu 5,9%, passando de 2,47 euros por quilo para 2,62 euros por quilo.
As “Estatísticas da pesca” referentes ao ano pretérito mostram ainda que nesse ano a frota de pesca pátrio licenciada representava 53,1% do número totalidade de embarcações (inferior dos 54,4% em 2023), 87,7% do totalidade da arqueação bruta (+ 2 p.p. face a 2023) e 81,9% do totalidade da potência (81,8% em 2023) da frota registada nesse ano.
Ao nível do negócio internacional, o défice da balança mercantil dos produtos de pesca ou relacionados com esta atividade agravou-se em 67,3 milhões de euros, atingindo 1.272,5 milhões de euros.
Para esta situação contribuiu um “acréscimo menor nas exportações do que nas importações deste tipo de produtos, aumentando ligeiramente a taxa de cobertura para 53,3% (+0,1 p.p. face a 2023)”.
As quotas portuguesas em 2024 aumentaram murado de 9%, contabilizando 218 milénio toneladas, com o INE a detalhar que das espécies relevantes sujeitas a limitações de tomada em 2024, os aumentos mais significativos ocorreram para o biqueirão, tintureira e bacalhau no tradicional pesqueiro da NAFO (Organização das Pescarias do Noroeste do Atlântico) 3M.
Ao nível da aquicultura e salicultura, os dados (relativos a 2023) revelam que a produção aquícola totalidade foi nesse anos de 20.872 toneladas, um aumento de 10,9% face a 2022.
As vendas da aquicultura geraram uma receita de 205,9 milhões de euros, o que refletiu um acréscimo de 28,9%, relativamente a 2022.
O Programa Operacional gestor do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), apresentava, no final de 2024, uma taxa de realização de 103% da dotação FEAMP, encontrando-se totalmente executado, adianta o INE.
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