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“Porquê esperado, os ganhos dos bancos europeus estão a recuar dos seus níveis muito altos de 2024, oferecido que as políticas monetárias provocaram contrações das margens financeiras em muitos bancos”, disse a escritório de notação financeira num glosa hoje divulgado.
A Morningstar DBRS regista que esta tendência sobre a margem financeira — que resulta da diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros para remuneração de depósitos — foi registada no primeiro trimestre principalmente nos bancos portugueses, nórdicos, gregos e neerlandeses.
Ainda assim, as instituições financeiras europeias têm reportado fortes receitas relacionadas com comissões e mercado de capitais, o que leva a escritório de notação financeira a “esperar que estas tendências de resultados se mantenham intactas pelo resto do ano”.
A Morningstar DBRS também considerou que a qualidade dos ativos se manteve sólida, mas que a perspetiva varia consoante o país, remetendo ainda para os impactos das políticas norte-americanas.
“As potenciais tarifas dos Estados Unidos da América e a incerteza geopolítica podem treinar uma pressão moderada sobre a qualidade dos ativos a médio prazo, no entanto, os bancos em países com perspetivas de incremento poupado mais potente e menor exposição aos EUA podem não precisar de provisões adicionais”, acrescentam os autores do glosa.
Apesar de resultados inferior do ano pretérito e maior instabilidade geopolítica, a previsão da Morningstar DBRS para o setor bancário europeu mantém-se, com tendência positiva em 26% do portfolio bancário com ‘rating’ da escritório.
No glosa, a Morningstar DBRS registou ainda que a atividade de fusões e aquisições “ganhou balanço” nos últimos meses, destacando a compra do Novo Banco pelo grupo BPCE.
Num cenário em que estas transações representam uma procura de maior ganhos com comissões ou aproximação a novas tecnologias, a compra do Novo Banco pelo grupo gálico “também mostra o potencial de uma maior diversificação geográfica através de aquisições transfronteiriças”.
Ainda assim, esta é uma exceção, dada a que é, na opinião da escritório, “uma ainda fragmentada paisagem regulatória na Europa”, tendo indigitado para dificuldades políticas em transações em Itália (compra do BPM pelo Unicredit), Espanha (compra do Sabadell pelo BBVA) e Alemanha (potencial compra do Commerzbank pelo Unicredit).
Os bancos portugueses abrangidos pela estudo da Morningstar DBRS foram Caixa Universal de Depósitos, Millennium BCP, BPI, Novo Banco, Caixa Económica Montepio Universal e Santander Totta.
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