
Tapume de 300 garimpeiros artesanais envolvidos em actividades ilegais numa mina de turmalinas, no província de Mogovolas, província de Nampula, vandalizaram mais de uma dezena de lojas e viaturas em retaliação a uma operação policial de desocupação. A situação resultou em quatro detenções, confirmaram esta terça-feira, 20 de Maio, as autoridades locais.
Segundo a filial Lusa, o incidente ocorreu na zona de Marraka, no posto administrativo de Luluti, onde os garimpeiros exploravam uma mina pertencente a cidadãos estrangeiros. De combinação com o gestor distrital de Mogovolas, Emanuel Impissa, os proprietários solicitaram reforço policial depois de detectarem a presença massiva de garimpeiros a operar ilegalmente no lugar.
“Estamos a falar de muro de 300 garimpeiros que acabaram por vandalizar uma mina na zona de Marraka. Os proprietários, de nacionalidade estrangeira, pediram reforço policial para retirar aqueles garimpeiros ilegais”, descreveu Impissa à filial Lusa.
A resposta da Polícia da República de Moçambique (PRM) permitiu a detenção de quatro indivíduos. Mas, o resto do grupo reagiu com violência, saqueando estabelecimentos comerciais localizados nas imediações da mina, propriedade dos mesmos investidores.
“Os restantes membros do grupo avançaram para o saque de espaços comerciais na zona da mina de extracção de turmalinas, em jeito de retaliação”, explicou o gestor, acrescentando que os envolvidos abandonaram posteriormente o lugar “em debandada”.
O balanço prévio da ruína dá conta de 12 lojas vandalizadas e três viaturas danificadas. Muitos dos estrangeiros que operavam negócios na superfície abandonaram a localidade, encerrando temporariamente as suas actividades.
Emanuel Impissa lamentou o impacto poupado e social causado pelo incidente, sublinhando que a população lugar será a mais afectada pela perda de entrada a bens essenciais.
“As pessoas que tinham tudo ao seu volta vão passar a ter de ir a outros locais para comprar produtos de primeira premência. É alguma coisa repudiável, repugnante”, afirmou, apelando à pacificação da comunidade.
As autoridades estão agora focadas na recuperação dos bens roubados e na restauração da ordem pública na região. A mina de turmalinas, visada pela invasão, é considerada uma das mais produtivas da zona e tem vindo a atrair o interesse de operadores informais devido ao ressaltado valor das pedras preciosas extraídas.
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