
O sector da Instrução na província de Inhambane anunciou o desembolso de mais de 200 milhões de meticais (3,17 milhões de dólares) destinados ao pagamento de horas extraordinárias a 5142 professores, relativas aos anos de 2022 e 2023. O processo de pagamento, efectuado por fases, surge posteriormente um período de reivindicações por secção dos docentes, que chegaram a ameaçar a paralisação das aulas caso os valores em dívida não fossem liquidados. A informação foi avançada esta quarta-feira, 18 de Junho, pelo jornal O País.
Em declarações ao órgão, o director provincial de Instrução e Cultura, Manuel Liquelique, explicou que o pagamento está a ser realizado de forma faseada a nível vernáculo. “A primeira tempo já foi concluída, e aguardamos a informação da segunda, que ocorrerá brevemente. Podemos manifestar que 74% dos professores já receberam os valores, razão pela qual se encontram nas salas de lição a trabalhar”, afirmou.
Apesar do progressão, ainda se encontra por regularizar um montante de muro de 50 milhões de meticais (793 milénio dólares americanos), correspondente a horas extraordinárias de 2023. Quanto ao ano de 2024, os pagamentos aguardam a validação da Inspecção Universal das Finanças. “As horas de 2024 ainda estão em processamento. Esta semana, recebemos a Inspecção Universal das Finanças, que está a realizar o seu trabalho. Depois disso, os colegas serão pagos”, assegurou o responsável.
O pagamento parcial contribuiu para reduzir a tensão nas escolas, embora a dívida remanescente continue a gerar preocupação. “Estamos empenhados em regularizar todos os pagamentos. A meta é prometer que todos recebam os valores devidos, mas o processo obedece a uma lógica de fases e prioridades”, acrescentou o responsável.
As informações foram partilhadas durante a reunião provincial de planificação do sector da Instrução, onde, além da questão dos pagamentos, se discutiram estratégias para o próximo ano lectivo. O encontro serviu também uma vez que espaço de reflexão sobre medidas para melhorar o funcionamento do sector e prevenir interrupções no ensino.
Os participantes enfatizaram a urgência de maior transparência e presteza na tramitação dos pagamentos, sublinhando a preço do papel dos professores no desenvolvimento da província. “Não podemos permitir que atrasos continuados afectem a motivação dos nossos docentes. Eles são os pilares do porvir das nossas comunidades”, concluiu Manuel Liquelique.a d v e r t i s e m e n t