
O Presidente da República Daniel Chapo revelou, esta sexta-feira (5), que o Governo está a ponderar solicitar à China a restruturação ou até o perdão dos 1,4 milénio milhões de dólares que o País deve ao seu maior credor bilateral.
A proposta surge num momento em que a economia pátrio regista dois trimestres consecutivos de contracção, fruto da vaga de protestos pós-eleitorais que provocou centenas de mortos e a devastação generalizada em fábricas e estabelecimentos comerciais.
A China detém presentemente 14% do totalidade da dívida pública externa de Moçambique, que, no final de 2024, ascendia a respeito de 624,8 milénio milhões de meticais (9,8 milénio milhões de dólares). a d v e r t i s e m e n t
O gerente do Estado adiantou que, até Maio de 2025, o Estado havia liquidado 7,7 milénio milhões de meticais (120,8 milhões de dólares) dos 15,3 milénio milhões de meticais (239,9 milhões de dólares) previstos para serviço da dívida.
Para além da China, outros credores bilaterais já manifestaram disponibilidade para sossegar segmento dos encargos financeiros de Moçambique. Em paralelo, o Governo prepara-se para negociar um novo programa financiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). “Precisamos deste programa. Pelas conversações em curso, tudo aponta para que seja fechado ainda levante ano”, revelou Chapo.
O FMI confirmou que as conversações estão em curso e sublinhou que o recente clima de instabilidade social levou a uma revisão em baixa da estimativa de prolongamento para 2025, fixada agora em 2,5%.
Esta estratégia de restruturação insere-se num esforço mais largo de sossegar a pressão sobre as finanças públicas, envolvendo ainda consultas com outros parceiros estratégicos.
Analistas consideram que o triunfo destas negociações poderá ser determinante para a retoma do investimento estrangeiro e para a consolidação da firmeza macroeconómica no País.
Manancial: Bloomberga d v e r t i s e m e n t