Greve na distribuição, hotelaria e turismo com impacto “residual”

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A paralisação, convocada pela Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor dos Serviços (Sitese), “foi marcada para permitir que os trabalhadores que queiram possam participar nas comemorações do 1º de Maio”, indicou.
 
Ainda assim, “irá ter impacto em algumas unidades e empresas em particular, principalmente no período da tarde quando decorrem a maior parte das comemorações”.
Poderão ser mais afetadas “algumas cantinas de hospitais na hora de almoço, o serviço de distribuição em alguns hospitais, perturbações no serviço de bares dos comboios alfa e intercidades”, sendo que, tendo em conta que hoje é feriado os impactos também se podem sentir na hotelaria e restauração, “mas será uma coisa muito residual”, destacou.
Num comunicado, o Sitese anunciou para o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, uma greve “à prestação de trabalho para os trabalhadores dos setores do comércio, escritórios e serviços, nomeadamente nas empresas filiadas na APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, com início às 00:00 horas e termo às 24:00 horas”.
Na origem do protesto está a defesa do “trabalho digno” e a luta “contra a precariedade, pelo aumento dos salários, pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pelo respeito e exigência do cumprimento integral da negociação coletiva”.
Já o pré-aviso de greve emitido pela Fesaht abrange todos os trabalhadores da indústria de agricultura, alimentação, bebidas, tabacos, silvicultura, florestas, hiper e supermercados, empresas de prestação de serviços de limpeza e similares, hotelaria, turismo, restaurantes, cafés e pastelaria e similares, embarcações turísticas, parques de campismo públicos e privados, estabelecimentos de turismo em espaço rural, estabelecimentos de animação turística, spas, casinos, salas de jogo, bingos, clubes de futebol, cantinas e refeitórios e bares concessionados.
Estende-se ainda aos trabalhadores de áreas de serviços de autoestradas, itinerários principais e serviços de restauração em meios de transportes ferroviários, fábricas de refeição e panificação, pastelaria e confeitaria, abastecedores de aeronaves, ‘catering’ e hospitalização privada, ensino particular e cooperativo, IPSSs, misericórdias, fundação INATEL, Movijovem, SUCH, Turismo de Portugal, lares com e sem fins lucrativos, empresas prestadoras de serviços e outros estabelecimentos similares.
O objetivo é permitir a presença nas manifestações promovidas pela CGTP-IN para assinalar o Dia do Trabalhador e reclamar um aumento geral dos salários e das pensões, a fixação de preços máximos nos bens essenciais, a taxação dos lucros das empresas, a defesa dos direitos dos trabalhadores, o direito à habitação e contra o aumento do custo de vida e da exploração.
Nos termos do pré-aviso de greve emitido pela Fesaht, são exigidos “aumentos salariais de 15%, num mínimo de 150 euros por trabalhador”, o aumento extraordinário do Salário Mínimo Nacional para os 1.000 euros, “com efeitos imediatos”, o trabalho ao fim de semana com acréscimo de 50% e o trabalho prestado em regime de horário repartido e de turnos com acréscimo de 25%.
Ainda reclamada é a atribuição de dois dias de descanso semanal consecutivos para todos os trabalhadores, o aumento extraordinário de todas as pensões e reformas “que reponha o poder de compra e assegure a sua valorização”, o aumento das prestações de apoio social, a revogação das “normas gravosas da legislação laboral” e “a aplicação de um imposto que incida sobre os lucros colossais das grandes empresas”.
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