
O Mercosul concluiu nesta quarta (2) as negociações de um contrato de livre transacção com o conjunto europeu Efta, formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, durante a cúpula do conjunto sul-americano realizada em Buenos Aires, na Argentina.As negociações duraram 7 anos com reviravoltas e exigências ambientais, mas que avançaram para uma população somada de aproximadamente 300 milhões de pessoas e um PIB combinado de mais de US$ 4,3 trilhões.“Ambas as partes se beneficiarão de melhoras em entrada a mercado para mais de 97% de suas exportações, o que aumentará o transacção bilateral e beneficiará empresas e cidadãos”, afirmaram os blocos no enviado.VEJA TAMBÉM:Haddad reconhece controle da inflação na Argentina, mas evita reportar MileiAs negociações começaram em 2017 e chegaram a ser anunciadas em 2019, mas recuaram diante de críticas ambientais, sobretudo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Assim uma vez que ocorreu com o contrato entre Mercosul e União Europeia, os países do Efta passaram a exigir mais garantias em relação à preservação ambiental antes de seguir com as tratativas.Com os impasses superados, a expectativa é de que a assinatura formal do tratado ocorra nos próximos meses, depois a aprovação dos Parlamentos dos países envolvidos. Entre os produtos que podem ter tratamento preferencial entre o Mercosul e o Efta, estão moca torrado, carnes bovina, suína e de frango, fumo e sucos, além da redução tarifária gradual de medicamentos.A negociação com o Efta ganhou impulso depois a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, no ano pretérito, em um contraponto às políticas protecionistas adotadas por ele, principalmente a taxação de mercadorias exportadas para lá.O vice-presidente da Suíça, Guy Parmelin, que também é o responsável pelas negociações comerciais do Efta, esteve presente em Buenos Aires para o pregão da desenlace. Segundo fontes envolvidas ouvidas pela Reuters, a estudo pelos Parlamentos dos países envolvidos deve ocorrer sem resistências, dissemelhante do tratado entre Mercosul e União Europeia.Ao contrário do que se observa no conjunto europeu, onde países uma vez que França e Áustria se disseram contra o contrato com o Mercosul por razões ambientais e de concorrência agrícola, todos os quatro membros do Efta se mostram favoráveis à parceria mercantil.O novo tratado é considerado uma vitória para os países do Mercosul, principalmente diante das dificuldades enfrentadas nas negociações com a União Europeia, de quem contrato foi oficialmente concluído e anunciado em dezembro de 2024, durante a cúpula realizada em Montevidéu.No entanto, o tratado com os europeus ainda depende de aprovação do Parlamento Europeu e do Parecer Europeu, com expectativa de assinatura definitiva durante a presidência temporária do Brasil no Mercosul, em dezembro de 2025.