
O ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, alertou na segunda-feira, 21 de Julho, que a poderoso subordinação do País em relação a soluções externas está a atrasar o desenvolvimento. Falando durante o lançamento do Encontro Vernáculo de Planificação e Operacionalização do Projecto Poupado e Social e Orçamento do Estado para 2026, realizado no município da Matola, o governante defendeu a premência de romper com ciclos de “improvisação, gestão reactiva e subordinação de soluções externas que desvalorizam as opções endógenas.”
“O porvir exige que tenhamos coragem para planificar com visão e monitorizar com rigor. Devemos perceber que não pode possuir desenvolvimento sustentável sem liderança estratégica. E não há liderança estratégica sem dados, metas, indicadores, controlo, transparência, boa gestão, responsabilização e compromisso”, disse Salim Valá, citado pela Dependência de Informação de Moçambique.
Segundo o órgão, o ministro defendeu também que é preciso ultrapassar barreiras porquê “a inércia, a resistência à mudança, a complacência e o susto de trespassar da nossa zona de conforto.”a d v e r t i s e m e n t
O Orçamento do Estado para 2025 apresenta um défice de 126,8 milénio milhões de meticais (2 milénio milhões de dólares), com receitas totais previstas de 385,8 milénio milhões de meticais (6,08 milénio milhões de dólares) e despesas estimadas de 512,7 milénio milhões de meticais (8,08 milénio milhões de dólares). O documento está desempenado com o novo Programa Quinquenal do Governo 2025–2029 e visa a consolidação fiscal e a estabilização da dívida pública.
Salim Valá destacou que, nos últimos três anos, Moçambique registou sinais de recuperação económica, ainda que com um desenvolvimento moderado e inferior do seu potencial, influenciado pelo peso do sector primitivo, nomeadamente a cultivação e a indústria extractiva.
Segundo o ministro, o Resultado Interno Bruto (PIB) cresceu 4,03% no período em estudo, sendo que as previsões para 2025 apontam para uma taxa de desenvolvimento de 2,9%. A taxa de inflação situou-se em torno dos 6,9%, o que se deveu, de pacto com Salim Valá, à “gestão prudente da política monetária e fiscal.”
O governante apelou ao Executivo para substanciar as suas capacidades de previsão e antecipação, mantendo um diálogo permanente com diferentes sectores da sociedade, nomeadamente universidades e centros de pesquisa, com vista à definição de trajectórias mais promissoras para o desenvolvimento do País.a d v e r t i s e m e n t