
Moçambique está entre as 39 economias severamente afectadas por conflitos e instabilidade, cuja pobreza extrema, miséria aguda e estagnação económica estão a agravar-se de forma mais acelerada do que em qualquer outra secção do mundo, revela o Banco Mundial num novo relatório, citado na sexta-feira, 27 de Junho, pelo portal de notícias Mining Weekly.
Intitulado “African Energy Leadership: The Case for 100% Renewable Energy”, o estudo destaca que desde 2020, o Resultado Interno Bruto (PIB) per capita nestes países caiu em média 1,8% ao ano, ao passo que, noutras economias em desenvolvimento, aumentou 2,9% anualmente. Em 2025, murado de 421 milhões de pessoas vivem com menos de 3 dólares (190 meticais) por dia nestas economias, número superior ao das restantes regiões do mundo combinadas. A previsão é de que nascente valor suba para 435 milhões até 2030, representando quase 60% da pobreza extrema mundial.
Mais de 70% das pessoas afectadas por conflitos e instabilidade vivem em África. Moçambique, a par da República Democrática do Congo e do Zimbabué, é indigitado porquê um dos países com vastos recursos minerais essenciais para tecnologias de virilidade renovável, porquê veículos eléctricos, turbinas eólicas e painéis solares.a d v e r t i s e m e n t
Apesar do seu potencial, estas economias enfrentam graves desafios estruturais. O PIB per capita ronda os 1500 dólares (94,5 milénio meticais)) e mantém-se praticamente inalterado desde 2010, enquanto noutras regiões em desenvolvimento mais do que duplicou, atingindo uma média de 6900 dólares (434,7 milénio meticais)). A taxa de pobreza extrema atinge quase 40%, em contraste com os 6% observados noutras economias emergentes.
O estudo destaca que desde 2020, o Resultado Interno Bruto (PIB) per capita nestes países caiu em média 1,8% ao ano, ao passo que, noutras economias em desenvolvimento, aumentou 2,9% anualmente
No que diz reverência ao mercado de trabalho, dados de 2022 indicam que mais de 270 milhões de pessoas em idade activa residem nestas economias, mas somente metade está empregada. O estudo observa ainda que as consequências económicas dos conflitos tendem a ser profundas e prolongadas: conflitos de subida intensidade levam a uma queda acumulada de murado de 20% do PIB per capita num período de cinco anos.
A investigação realça que a esperança média de vida nas economias afectadas por conflito ou instabilidade é de 64 anos — sete anos inferior da média de outras economias em desenvolvimento — e que a taxa de mortalidade infantil é mais do duplo. A instabilidade cevar aguda afecta 18% da população, valor 18 vezes superior à média, e até 90% das crianças em idade escolar não atingem os níveis mínimos de leitura.
O Banco Mundial conclui que os conflitos, uma vez iniciados, tendem a tornar-se persistentes. Metade das economias agora afectadas vivem nessa requisito há pelo menos 15 anos. O relatório defende que medidas de prevenção de conflitos, incluindo sistemas de alerta precoce, podem ter grande impacto e são mais eficazes do que respostas posteriores à eclosão da violência.
Apesar das dificuldades, o Banco Mundial sublinha o potencial de desenvolvimento nestas economias, assente em recursos naturais e populações jovens. Moçambique, das quais grupo etário activo está em expansão, poderá beneficiar de um “dividendo demográfico” até 2055, quando se espera que dois em cada três cidadãos estejam em idade activa — a maior proporção a nível global. Todavia, tal exige investimentos significativos em ensino, saúde, infra‑estruturas e no sector privado.a d v e r t i s e m e n t