
“Eu acho que neste momento nós temos que nos concentrar neste nível de cooperação, que tem que permanecer cada vez mais sólida, porque nós achamos que a cooperação económica, a cooperação social, política, ambiental, é extremamente importante entre os dois países, entre os dois povos”, disse Chapo, em resposta à dependência Lusa durante uma entrevista com vários órgãos de informação social, em Maputo.
Em 2025, e precisamente quando Moçambique assinala os 50 anos da proclamação da independência vernáculo — pelo primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, em 25 de junho de 1975 -, a União Africana designou o “Ano da Justiça para Africanos e Pessoas de Prosápia Africana por Meio de Reparações”.
Questionado pela Lusa sobre a urgência de reparações por secção de Portugal, de quem Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, vai estar presente nas comemorações de quarta-feira, em Maputo, Daniel Chapo afastou esse cenário, sublinhando o momento atual das relações entre os dois países.
“Para nós o mais importante neste momento são as excelentes relações que existem entre Portugal e Moçambique. As relações neste momento são extraordinárias, crescem a cada dia que passa. A vinda do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa a Moçambique é um sinal muito poderoso das boas relações que existem”, apontou Daniel Chapo.
Daí que, para o Presidente moçambicano, é na “cooperação” que os dois países se devem concentrar, para “gerar melhores condições de vida” para ambos os povos.
“Temos laços de amizade, laços de língua e laços até de privança. Temos portugueses que estão cá em Moçambique a matrimoniar com moçambicanos. Está pleno de moçambicanos lá [em Portugal] a matrimoniar com portuguesas, a nascerem moçambicanos em Portugal e portugueses em Moçambique. Logo, achamos que isto é o que é mais importante neste momento. Fortificar cada vez mais as relações de amizade e cooperação e olharmos para a frente”, disse.
Para Chapo, a visitante de Marcelo Rebelo de Sousa a Moçambique, para o natalício da independência, “é sinal do reforço desta amizade”e “desta cooperação” entre Portugal e Moçambique, presença que espera servir para “substanciar cada vez mais as relações de amizade e cooperação”, nomeadamente nas áreas económica, política, social e ambiental.
“Os laços de amizade e cooperação entre Portugal e Moçambique são históricos e precisam de ser consolidados cada vez mais entre os nossos povos, as nossas nações (…) por forma que possamos ter um horizonte generalidade de prolongamento e desenvolvimento e criarmos melhores condições de vida para os nossos povos”, concluiu o superintendente de Estado moçambicano.
As comemorações dos 50 anos da independência de Moçambique vão transcurso na quarta-feira, 25 de junho, no Estádio da Machava, Maputo, lugar onde aconteceu a protocolo de proclamação em 1975, com a presença de 32 chefes de Estado, incluindo de Portugal.
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