
O Porto de Maputo movimentou 14 milhões de toneladas de fardo no primeiro semestre deste ano, o que representa uma queda de 14% em conferência com o mesmo período de 2024. A redução no volume de mercadorias é atribuída à matinada social e às incertezas comerciais que marcaram os últimos meses de 2024 no País, informou esta terça-feira, 22 de Julho, a Bloomberg.
Segundo a sucursal de notícias, a informação foi avançada por Osório Lucas, director executivo da Empresa de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), durante uma entrevista virtual concedida nesta terça-feira (22). Segundo explicou, as manifestações que se seguiram às eleições gerais de 9 Outubro de 2024 impactaram negativamente as operações portuárias, provocando atrasos e incertezas logísticas.
Outro factor que contribuiu para a redução foi a subtracção das exportações de ferrocromo provenientes da África do Sul, fortemente afectadas por restrições no fornecimento de electricidade naquele país.
Operado por um consórcio que integra a multinacional DP World, o Porto de Maputo é o maior do País e desempenha um papel crucial no negócio regional e nas receitas cambiais de Moçambique. Tem-se consolidado uma vez que uma opção estratégica para os exportadores sul-africanos de carvão e crómio, que enfrentam constrangimentos operacionais nos portos da África do Sul.
Apesar da queda registada no primeiro semestre, Osório Lucas garantiu que os volumes têm vindo a restabelecer nas últimas semanas. “De Maio até agora, estamos a observar uma recuperação muito acentuada. Está a subir para níveis superiores aos do ano pretérito, inclusivamente”, afirmou.
A governo portuária continua a monitorizar a evolução dos volumes para determinar se a tendência de recuperação se manterá no segundo semestre.a d v e r t i s e m e n t