
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, anunciou esta terça-feira,22 de Julho, que a Rússia está a pensar numa provável ajuda militar, para substanciar as capacidades defensivas internas de Moçambique, destacando que irá, em breve, elaborar uma visitante de trabalho ao País.
Intervindo em seguida um encontro em Moscovo com a ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Manuela dos Santos Lucas, Lavrov afirmou que a reunião teve lugar no contexto da celebração dos 50 anos de “amizade e cooperação” entre as duas nações.
“Moscovo mantém-se disponível para substanciar as capacidades defensivas de Moçambique. Temos uma tradição de cooperação na espaço da resguardo, e confirmamos a nossa prontidão para considerar todos os pedidos dos nossos amigos moçambicanos sobre questões relacionadas com a premência de substanciar a sua capacidade”, salientou o governante, citado pela dependência russa TASS.
Sergey Lavrov sublinhou que ameaças à segurança, nomeadamente por terrorismo, continuam a afectar Moçambique e outras nações africanas. “Durante as conversações, discutimos outros conflitos em África, incluindo a situação na República Democrática do Congo, na região dos Grandes Lagos, no Sahel e no Corno de África.”
“A ministra moçambicana apresentou projectos que estão em curso para superar as ameaças que permanecem no Setentrião do País, principalmente em Cabo Magro, com destaque para a normalização da situação e facilitação dos esforços para produzir condições para que o povo volte a uma vida pacífica”, acrescentou.
“Porquê membro permanente do Juízo de Segurança das Nações Unidas, a Rússia continuará certamente a contribuir para a geração de condições para o alcance de soluções justas para estes conflitos, baseadas, não em esquemas impostos de fora, mas no princípio de soluções africanas para problemas africanos”, concluiu.
Desde Outubro de 2017, Cabo Magro — província rica em recursos naturais, nomeadamente gás — tem sido palco de uma insurgência armada que já provocou milhares de mortos e originou uma crise humanitária com mais de um milhão de deslocados internos.
Em Abril, os ataques alastraram também à vizinha província do Niassa. Um dos episódios mais graves ocorreu na Suplente do Niassa e no Meio Ambiental de Mariri, no província de Mecula, onde grupos armados não estatais atacaram instalações, roubaram bens, destruíram acampamentos e uma avião do parque. Estes actos resultaram na morte de, pelo menos, duas pessoas e levaram à movimento de mais de dois milénio indivíduos, dos quais 55% são crianças.a d v e r t i s e m e n t