
A Saipem, empresa italiana de engenharia e construção especializada no sector energético, manifestou crédito no reinício do projecto de gás originário liquefeito (GNL) no País, estimado em 20 milénio milhões de dólares (1,2 milénio milhões de meticais), até ao final de Agosto. O empreendimento, orientado pela TotalEnergies, visa o desenvolvimento dos campos de gás Golfinho e Atum, localizados na Dimensão 1 da licença offshore.
O projecto encontra-se suspenso desde 2021, na sequência da enunciação de “força maior” devido aos ataques insurgentes que afectaram a região. A Saipem tem um contrato no valor aproximado de 2,3 milénio milhões de dólares (198 milénio milhões de meticais), relacionado com a construção da unidade de liquefacção de duas linhas previstas para a Dimensão 1.
Alessandro Puliti, director-executivo da Saipem, afirmou durante a apresentação dos resultados do segundo trimestre que a retoma do projecto será gradual, com várias actividades programadas para as próximas semanas, incluindo o levantamento da “força maior”, passo precípuo para a ininterrupção das obras.
Em relação à logística, Puliti esclareceu que o transporte da maior segmento do equipamento para o sítio da vegetal GNL será feito por via marítima, uma decisão que responde a razões operacionais e não exclusivamente a questões de segurança.
No mês pretérito, o presidente executivo da TotalEnergies, Patrick Pouyanne, também manifestou a expectativa de que o desenvolvimento do projecto fosse retomado ainda nos próximos tempos.
A Saipem anunciou ainda, em paralelo, a fusão com a empresa norueguesa Subsea 7, num processo que deverá ser concluído na segunda metade de 2026, depois aprovação das autoridades competentes.
Apesar de a Saipem ter registado um aumento de 39% nos lucros operacionais no segundo trimestre, para 450 milhões de dólares (28,8 milénio milhões de meticais), o volume de novos contratos caiu para 2,4 milénio milhões de dólares (153,6 milénio milhões de meticais), em verificação com o mesmo período do ano anterior.
O Mozambique LNG, considerado um dos maiores projectos de gás originário liquefeito em África, deverá atingir uma capacidade de produção anual de 12,8 milhões de toneladas na sua período inicial. A sua concretização é vista porquê um marco estratégico para a economia moçambicana, com potencial para gerar receitas avultadas e posicionar o País porquê um actor relevante no quadro energético internacional.
A Totalidade E&P Mozambique Area 1, Ltd, uma subsidiária integral da TotalEnergies, opera o projecto Mozambique LNG com uma participação de 26,5%, juntamente com a ENH Rovuma Area 1, S.A. (15%), a Mitsui E&P Mozambique Area 1 Limited (20%), a ONGC Videsh Rovuma Limited (10%), a Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%), a BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%) e a PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8,5%).
Manadeira: Reuters
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