
Em resposta à filial Lusa, a IP disse hoje que o processo de lançamento da segunda parceria público-privada (PPP) da risca de subida velocidade “encontra-se na sua temporada final de aprovação, sendo expectável o seu lançamento a muito breve trecho”, não indicando data concreta sobre quando tal poderá intercorrer.
Anteriormente, a IP tinha afirmado que esse novo concurso público deveria ser lançado a 31 de maio, tendo já pretérito murado de dois meses do prazo na profundeza indicado.
Em declarações ao jornal As Beiras, a Câmara Municipal de Coimbra afirmou recentemente que o concurso será lançado ainda neste mês.
Esta segunda PPP surge depois de um primeiro concurso lançado em julho de 2024, que recebeu uma única proposta que foi chumbada pelo júri, depois de propor o ramal da estação da risca de subida velocidade de Coimbra-B para Taveiro, fora da cidade de Coimbra, ao contrário do previsto no projeto.
Levante novo concurso mantém a estação em Coimbra-B, mas reduz vários encargos da licença, encurtando o traçado previsto nesta PPP, que anteriormente terminava em Soure, e que agora ficará em Taveiro.
Em resposta à Lusa, a IP disse hoje que se mantém a construção de um novo prédio de passageiros em Coimbra-B, já o troço que anteriormente estava nesta PPP (Taveiro a Soure, com murado de 11 quilómetros de extensão) será incluído “no contextura da próxima PPP” do projeto da risca de subida velocidade, que irá até ao Sobrecarregado, contemplando uma estação em Leiria.
Em fevereiro, o Jornal de Negócios avançou que o júri do concurso concluiu, no relatório prévio, que o consórcio Lusolav (liderado pela Mota-Engil) não cumpria o caderno de encargos e recomendava a sua exclusão da única proposta apresentada.
A decisão de revogar a contratação do consórcio da Lusolav esteve em risca com a Câmara Municipal de Coimbra, que defendeu a exclusão dessa proposta e o relançamento do concurso público com a maior urgência, apoiada posteriormente pela Reunião Municipal, com uma moção da CDU aprovada por todas as forças, com exceção do PS e do Chega, que se abstiveram, e um voto contra do presidente União de Freguesias de São Martinho do Papa e Ribeira de Frades (PS).
Aqueles órgãos municipais de Coimbra criticavam o facto de a única proposta não respeitar a solução da IP, propondo um ramal da futura estação intermodal de Coimbra-B para Taveiro.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, em entrevista ao jornal Público no dia 28 de março, disse estar “convicto de que [o concurso] vai ser com o mesmo preço-base”.
A risca de subida velocidade Lisboa-Porto deverá vincular as duas principais cidades do país em murado de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.
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