a d v e r t i s e m e n tO sector financeiro em Moçambique enfrenta sérias fragilidades que o tornam um dos principais alvos de ataques cibernéticos, alertou esta sexta-feira (13) o profissional sénior em Segurança de Informação e Cibersegurança, Mário Lavado, durante uma palestra realizada em Maputo.

Segundo Lavado, os ataques a instituições financeiras são frequentes em todo o mundo, incluindo Moçambique, porque os criminosos cibernéticos procuram vítimas mais vulneráveis e com menores defesas. “Os atacantes, uma vez que qualquer predador, escolhem as suas presas de forma estratégica. Preferem lutar os mais fracos, pois os mais fortes exigem mais recursos e tempo para serem comprometidos”, explicou.

O profissional destacou ainda que, apesar de os bancos internacionais estarem mais muito protegidos, as instituições públicas e algumas privadas apresentam fragilidades que facilitam a gesto dos criminosos digitais.a d v e r t i s e m e n t

Mário Lavado chamou a atenção para o desenvolvimento dos pagamentos digitais e das moedas electrónicas, que, apesar de representarem um progresso tecnológico, trazem consigo desafios significativos em termos de segurança. “Moçambique sofre com ameaças ligadas à moeda electrónica, onde mensagens fraudulentas levam os utilizadores a transferir moeda para números desconhecidos”, exemplificou.

O profissional alertou para a dificuldade de rastrear transacções em moedas digitais e criptomoedas, um problema que se agrava pela carência de regulamentação específica no País. “É urgente que os países estabeleçam normas para regular estes pagamentos e prometer maior controlo”, defendeu.

Para prevenir estes ataques, Mário Lavado recomendou maior consciencialização entre os utilizadores de dispositivos digitais. “Quando ligo o meu smartphone ou computador à Internet, devo estar consciente de que entro num espaço perigoso, referto de ameaças que exploram vulnerabilidades”, afirmou aconselhando a vacilar sempre de mensagens, e-mails ou chamadas de números desconhecidos.

O profissional sublinhou ainda a manipulação da informação uma vez que uma prenúncio emergente, com impacto significativo em processos eleitorais e no envolvente político. “As fake news são usadas para desinformar e influenciar decisões, um maravilha preocupante que exige atenção”, alertou.

Por termo, Mário Lavado destacou a preço de entender as motivações por detrás dos ataques cibernéticos para melhorar a resguardo contra estas ameaças. “Saber quem são os atacantes, quais são as suas motivações e quais as ameaças mais relevantes é fundamental para proteger o País”, concluiu.