
Leste é o valor mais cimeira investido em certificados de aforro (CA) desde o início da série do Quadrilha de Portugal (BdP), em dezembro de 1998 e representa uma aceleração face ao incremento homólogo de 10,4% em maio.
Em termos nominais, o ‘stock’ de CA em junho subiu 3.857 milhões de euros face ao mesmo mês de 2024 e 319 milhões de euros em calabouço.
Junho é o nono mês ininterrupto de subida do valor global em certificados de aforro.
Depois uma potente procura, impulsionada com a subida das Euribor, os CA começaram a perder o interesse dos aforradores quando, em junho do ano pretérito, a série de certificados em comercialização (‘série E’) foi substituída pela ‘série F’, com uma taxa de lucro mais baixa.
Ainda assim, os investidores voltaram a optar por leste instrumento, que mais que compensaram o desinvestimento em certificados do tesouro (CT), que recuaram em junho para 8.817 milhões de euros, menos 155 milhões de euros que em maio (-1,7%) e uma quebra de 14,6% (-1.508 milhões de euros) em termos homólogos.
O valor investido em CT, agora no valor mais inferior desde março de 2016, tem descido de forma consecutiva desde outubro de 2021, quando atingiu um supremo de 17.865 milhões de euros.
Segundo os dados estatísticos da Sucursal de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, as emissões de novos CT foram de sete milhões de euros em maio, enquanto as saídas (resgates) totalizaram 162 milhões de euros.
Já o valor mais inferior em CA foi registado em novembro de 2012, quando Portugal estava a satisfazer o projecto de resgate e a taxa de desemprego disparou, contabilizando-se logo 9,7 milénio milhões de euros em investimento nestes títulos.
Os dados hoje divulgados pelo BdP registam ainda que em junho a dívida direta do Estado aumentou 5,48% em termos homólogos, para 307.482 milhões de euros, e subiu 2.316 milhões de euros em calabouço.
Em outros instrumentos de dívida, em termos homólogos, as obrigações do tesouro (OT) cresceram 8,3% para 177.680 milhões de euros, enquanto os bilhetes do tesouro (BT) recuaram 7,6% para 10.859 milhões de euros.
Já em calabouço, o saldo líquido das OT cresceu 1.494 milhões de euros ao longo de junho, enquanto o dos BT subiu 750 milhões de euros.
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