
Logo no início da conversa com Manuel Luís Goucha, foi emitido um vídeo já gravado anteriormente de Tiago Grila onde leste dizia: “Há uns meses disse que atropelei uma pessoa e que fugi. Na verdade era tudo uma moca. Sabia da história, sabia que tinha realizado esse atropelamento e depois inventei, disse da boca para fora sem pensar nas consequências.”
“Não era capaz de fazer isso. Não atropelei, estava na Amareleja, tenho provas onde estava. Acredito na Justiça portuguesa e quero que rastreiem o telemóvel, façam o que quiserem”, acrescentou, afirmando que queria “fabricar impacto”, mas não esperava o que aconteceu, e se pudesse “volta detrás”.
“Às vezes digo coisas que não devo proferir, invento histórias, minto – o personagem do Tiago Grila. Faço tudo e mais alguma coisa para ter visualizações. As pessoas que me seguem sabem que sou uma boa influência, derivado a todas as horas que passamos em direto – e sabem quando é uma piada e quando não é”, disse também.
“Considero-me uma pessoa polémica, faço tudo para ter polémica. Já tive vários casos, porquê com a Mariana Bossy…”, afirmou ainda.
Já a falar com o apresentador do ‘Goucha’, da TVI, frisou que era o Tiago Martins que estava no programa e não a personagem Tiago Grila. “Sei diferenciar quando é para estar o Tiago Martins e quando é para estar o Tiago Grila”, explicou, assumindo-se porquê “influenciador” e, diz, tem “de todo o público, desde os mais novos aos idosos”.
Tiago realça que “gosta de fabricar polémica”, o que serviu “para crescer, eclodir, porque senão, não teria o mesmo impacto”. E assumiu esta “personagem há um ano e dois meses”. No entanto, reforça que “também ajuda pessoas”. “Seja de forma financeira, seja de visualizações, seja de comida… Ajudo muita gente.”
Tiago Grila voltou a frisar que “inventou pormenores” sobre o acidente e que “não pensou nas consequências”. Se pudesse, voltar detrás “e não voltava a fazer isto deste jeito, desta forma não, nem sobre o atropelamento que existiu efetivamente”. “E não fui eu.”
“Tenho um problema com o jogo e estava sempre no Bingo, e depois lá disseram que tinha sido atropelada uma pessoa. E aquilo ficou-me na cabeça”, assumiu, explicando que “tem provas de que estava na Amareleja” no momento do atropelamento”. “Há registos no whatsapp de onde estava naquele dia às 19h, às 22h… Quero que seja delicado o verdadeiro responsável.”
Um erro que diz ter cometido e que lhe “estragou [a vida]”. “O Tiago Grila foi zero afetado, houve uma quebra financeira, mas o pior foi o ser humano Tiago Martins, a minha família, a minha relação, a Carolina, que sofreu no final da gravidez, todas as ameaças… Fui muito ameaçado de morte, a mim e à minha filha (que ainda estava na bojo da mãe). O pior de tudo foi o sofrimento que causei aos meus. Ver que as pessoas estavam a suportar por mim foi muito duro”, desabafou.
“Não sou nenhum criminoso, nenhum bandido”, afirma, recordando depois a viagem a Angola, onde estava a mãe, “para se proteger”. “Estava com pavor. Não sou nenhum super varão, não sou zero, vou na rua e podia levar um par de chapadas – [ao contrário do] Tiago Grila [que ] é uma personagem, é forcado, guerreiro, pode tudo, utilizo muitas frases.”
Ao abordar ainda os resultados monetários que retira a partir do TikTok, partilhou: “Um bom mês de um streaming em Portugal que esteja num ranking a lutar pelo top 1, 2 ou 3, ganha por semana cinco milénio euros, ou seja, final do mês são 20 milénio euros, no mínimo. Pode ir até mais, mas eu nunca tirei esses valores. […] Passo 16 horas por dia seguro ao telemóvel a fazer teor, a responder aos fãs, a ver pedidos de ajuda…”
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