Cooperação económica com China depende de governos, alerta Fórum de Macau

42725541 Cooperação económica com China depende de governos, alerta Fórum de Macau
Ji Xianzheng atribui as críticas ao Fórum para a Cooperação Económica e Mercantil entre a China e os Países de Língua Portuguesa, criado em outubro de 2003, a uma tradução errada relativamente à missão do organização.
 
“O Fórum é um mecanismo de cooperação entre os governos centrais”, afirmou.
“Muita gente pensa que é ao secretariado que cabe a realização das políticas, mas temos um número de pessoas restringido”, acrescentou Ji.
“O secretariado não tem projetos de investimento, é um mecanismo de preparação da conferência ministerial, de relação com os governos, não é uma escritório de promoção. Não foi pensado assim, faz relação com as agências de promoção. Somos quatro pessoas enviadas pela China e um procurador por cada país”, concretizou o secretário-geral.
Na última conferência ministerial, em abril de 2024, o logo ministro da Economia português Pedro Reis defendeu que o Fórum e o Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa deviam apostar mais nas pequenas e médias empresas (PME).
O fundo de cooperação foi criado em 2013 pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e Mercantil de Macau, com milénio milhões de dólares (869 milhões de euros), dos quais muro de 60% já foram investidos, segundo o secretário-geral.
Ji Xianzheng admitiu que as PME são “um tema difícil para qualquer governo” e que “a cooperação internacional para a promoção do desenvolvimento e cooperação das pequenas e médias empresas é ainda mais difícil. É um tema que está a ser discutido diariamente a nível mundial”.
Porém, admitiu, “cá, pouco”.
“Mas está estipulado no projecto de ação [2024-2026]. Cabe aos governos centrais e às câmaras de transacção, agentes de promoção, trabalhar conjuntamente para fazer isso. O secretariado assume a responsabilidade conforme autorizado pelos governos centrais, concretamente, no programa de atividades”, reforçou.
Responsáveis políticos de vários países, incluindo Portugal, Angola e Moçambique, têm apelado a uma mudança das regras da candidatura ao fundo.
As atuais regras obrigam, por exemplo, que os projetos candidatos tenham um investimento mínimo de cinco milhões de dólares (4,35 milhões de euros), sendo que o Fundo unicamente cobre 20% do investimento totalidade, remetendo o resto para os governos ou empresas.
Ji Xianzheng afirmou que a novidade direção do Fundo “está empenhada em promover um investimento mais grande, com melhor cobertura para todos os países do Fórum, [relativamente] aos projetos que têm um impacto estratégico ou significativo para o desenvolvimento socioeconómico dos países participantes”.
Segundo o secretário-geral, “os termos de emprego [das regras de acesso ao Fundo] vão ser mais flexíveis e as formas de emprego também vão ser mais diversificadas”.
“Em vez de ser só investimento direto, eles também estão a estudar formas de infligir o fundo, em cooperação com outros fundos ou com outras instituições financeiras”, deu porquê exemplo.
“Leste fundo tem uma operação segundo as regras do mercado. Não é um fundo de ajuda humanitária. Por isso, tem que prometer o mínimo retorno de favor. Mas, em cima disso, eles estão muito abertos para estudar, caso por caso, as condições de cada projeto”, acrescentou Ji Xianzheng, escusando-se, porém, a dar exemplos da “flexibilização das regras”.
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