
Com um histórico de mais de um século no agronegócio, o grupo gaúcho Dillianz vai estrear no ramo de exploração e produção de petróleo e gás proveniente posteriormente arrematar sozinho a licença permanente de um conjunto exploratório no Mato Grosso.A oferta, feita no 5.º Ciclo da Oferta Permanente de Concessões da Filial Pátrio de Petróleo, Gás Oriundo e Biocombustíveis (ANP), na semana passada, foi a única para o setor. A empresa foi representada pelo presidente do grupo, Ivandro Dias.O conjunto arrematado, o PRC-T-121, compreende uma dimensão 601,88 km² em território mato-grossense da Bacia de Parecis, que abrange também o estado de Rondônia. Com um lance de R$ 55 milénio de bônus de assinatura, a empresa deve investir no ativo um valor mínimo de R$ 12,091 milhões. A bacia é considerada de novidade fronteira, por ser pouco explorada. A última vez que uma licença na região foi ofertada foi em 2008, quando a Petrobras arrematou seis blocos, na 10.ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Oriundo.Desde a dezena de 1990, foram perfurados unicamente cinco poços na região, o último em 2014. O governo federalista vê potencial no lugar por ser uma dimensão economicamente ativa, nos setores agrícola, avícola e de pecuária e localizada próxima a grandes centros regionais, porquê Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e Brasília, o que permitiria uma absorvência direta de eventual produção de gás proveniente.Aliás, há estrutura técnico-comercial estabelecida, o que facilita a prestação de serviços especializados e mão de obra disponível, segundo estudo de técnicos da ANP.Atuação do grupo vai de banco a petróleo com foco no agronegócioO arremate do conjunto de exploração e produção de petróleo e gás abre mais uma frente para a Dillianz, que iniciou suas atividades no agronegócio no Rio Grande do Sul e hoje administra fazendas e operações agrícolas ainda nos estados da Bahia, Piauí e Roraima, com produção de soja, milho, trigo e rebanho de golpe. A partir de 2016, o grupo passou a variar seus negócios e hoje conta com 15 empresas e atua em outros três países (Portugal, Estados Unidos e Inglaterra) com braços nos setores financeiro, imobiliário, de importação e exportação de commodities, marketplace do dedo especializado no agro e de virilidade fotovoltaica.Além da exploração e produção, com a empresa de petróleo e gás, a holding do agronegócio afirma que pretende atuar no desenvolvimento de tecnologias para otimizar a extração de recursos energéticos, na comercialização de combustíveis fósseis e derivados e no investimento em fontes energéticas alternativas para a redução do impacto ambiental, segundo a empresa. A companhia planeja ainda estabelecer parcerias estratégicas com outras operadoras de perfuração e exploração offshore (no mar) e onshore (em terreno), desenvolver hubs logísticos para armazenamento e distribuição de combustíveis e estribar projetos de pesquisa e inovação em virilidade renovável e sustentabilidade.Entre os possíveis clientes da Dillianz Petróleo & Gás estão, além de indústrias petroquímicas, empresas de logística e distribuição de virilidade, operadoras de frotas e transporte pesado, com foco no setor agrícola e empresas do mercado de commodities.Com o arremate, a Dillianz precisa, a partir de agora, seguir as demais etapas previstas no cronograma da ANP, porquê apresentação de documentos e pagamento do bônus de assinatura, para, logo, ter o contrato de licença assinado. A assinatura está prevista para ocorrer até 28 de novembro.Diferentemente do padrão ofertado em rodadas tradicionais da ANP de licitação de blocos para exploração e produção de petroléo e gás, a oferta permanente permite a utilização dos blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais de forma contínua.Com isso, as empresas podem estudar os dados técnicos das áreas e apresentar ofertas no momento que julgarem mais adequado, sem depender de prazos rígidos ou ciclos específicos de licitações.Ciclo de Concessões teve oferta de blocos da Foz do AmazonasO 5.º Ciclo da Oferta Permanente de Licença marcou a estreia do grupo Dillianz em leilões da ANP. O ciclo teve ainda a oferta de 19 blocos na Margem Equatorial, fim de polêmica entre ambientalistas, que são contrários à exploração da região, localizada na Bacia da Foz do Amazonas.Ao todo, foram arrematados 34 blocos, que totalizam uma dimensão de 28.359 milénio km². O bônus de assinatura totalidade chegou a R$ 989,26 milhões, recorde considerando todos os ciclos de oferta permanente de licença. A Petrobras foi a empresa que mais fez arremates, todos em consórcio com outros grupos, com um totalidade de 13 blocos de exploração de petróleo e gás proveniente. A americana Chevron foi a que mais pagou pelos blocos, com um totalidade de R$ 350 milhões em nove blocos exploratórios, também em consórcio com outras empresas.