
O Presidente da República Daniel Chapo manifestou esta semana a intenção de proceder com acordos de conversão de dívida soberana em projectos de economia virente, apontando Portugal porquê um dos parceiros com maior lhaneza para esta modalidade de cooperação.
“Há lhaneza de Portugal e de outros países da União Europeia, e nós achamos que isto é extremamente importante para desapoquentar, por um lado, a pressão sobre o Orçamento do Estado com o dispêndio da dívida soberana e, por outro, permitir alguma folga orçamental para novos investimentos e desenvolvimento”, declarou Chapo em entrevista, à margem da 4.ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que decorre em Sevilha.
Durante o encontro, Moçambique tem procurado impulsionar negociações com vista à conversão de dívida externa em programas de mitigação das alterações climáticas, adaptação e economia virente. O gerente do Estado moçambicano referiu que, embora ainda não existam acordos concretos, as conversações com potenciais parceiros têm sido encorajadoras.
“Há conversas animadoras. Ainda não há uma resposta concreta ou um projecto definido, mas o mais importante é que o mundo, nesta conferência, percebeu a mensagem”, observou.
Em seguida a conferência de Sevilha, Daniel Chapo desloca-se a Lisboa para uma visitante solene, onde deverá abordar o tema com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
Segundo Chapo, o objectivo é solidar a cooperação com Portugal numa novidade vertente, apostando em instrumentos porquê o crédito de carbono e o financiamento climatológico. “Queremos solidar esta novidade perspectiva dos fundos climáticos para a economia virente e também explorar mecanismos de troca, na medida do provável, da dívida soberana por projectos ambientais”, frisou.
O Presidente sublinhou ainda os laços históricos e culturais entre os dois países, reforçados pela presença de Marcelo Rebelo de Sousa nas celebrações dos 50 anos da independência de Moçambique, assinalados a 25 de Junho último.
“A nossa história generalidade, mesmo durante o processo colonial, foi marcada pela luta contra um inimigo generalidade: o regime fascista e ditatorial. Sempre fomos povos irmãos”, afirmou.
Além da agenda ambiental e financeira, a visitante a Portugal servirá também para aprofundar as relações bilaterais nos domínios parcimonioso, político e social. “Queremos substanciar a nossa cooperação para produzir melhores condições de vida para os nossos povos”, concluiu Daniel Chapo.
Manancial: Lusa