
A consultora britânica Oxford Economics estimou que a inflação em Moçambique se manterá, em média, nos 4,4% durante o ano de 2025, mas advertiu para um “aumento acentuado” no próximo ano, devido à provável desvalorização do metical. A informação foi divulgada pela filial Lusa, com base num observação da consultora à inflação de Junho.
“Devido às escassas reservas cambiais, ao aumento da dívida pública e à sobrevalorização da moeda, prevemos que as autoridades moçambicanas serão pressionadas a desvalorizar a moeda em 2026, pelo que antecipamos um aumento acentuado da inflação nesse ano”, referem os analistas do departamento africano da Oxford Economics.
Em Junho de 2025, o nível universal de preços subiu 4,15% face ao período homólogo de 2024. Levante valor está, segundo a consultora, “em risco com a previsão de 4,4% para o totalidade deste ano”.a d v e r t i s e m e n t
No observação enviado aos clientes, e citado pela Lusa, a Oxford Economics sublinha que “apesar de os preços no consumidor terem disparado no início de 2025 devido à violenta desordem pública que perturbou as actividades económicas, espera-se que a inflação abrande no resto do ano”. Esse abrandecimento será sustentado, principalmente, pela tendência de queda dos preços do petróleo, que tem permitido a redução dos custos de transporte.
Os analistas acrescentam que o abrandecimento na subida dos preços dos mantimentos “reflecte provavelmente a retoma da diligência económica e a reabertura gradual das cadeias de provimento” posteriormente os distúrbios sociais registados no último trimestre de 2024.
De concordância com os dados do Instituto Pátrio de Estatística (INE), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou, em Junho, uma inflação homóloga de 4,15%, face aos 4,0% em Maio e 3,99% em Abril. As maiores contribuições para esta variação vieram das divisões de alimento e bebidas não alcoólicas, com um aumento anual de 9,38%, e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, com 8,53%.
A inflação acumulada de 2024, segundo dados anteriores do INE, fixou-se nos 4,15%, aquém dos 5,3% registados em 2023 e distante do pico de quase 13% verificado em Julho de 2022.
O Governo prevê que o País encerre o ano de 2025 com uma inflação em torno dos 7%.a d v e r t i s e m e n t
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