polêmicas, controvérsias e ideologia primeiro do IBGE

Pochmann-1-960x540 polêmicas, controvérsias e ideologia primeiro do IBGE
Imerso em suas convicções ideológicas, o economista Mácrio Pochmann segue acumulando críticas e controvérsias primeiro do Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE). Formado pela Unicamp e expoente da renque mais dogmática e à esquerda do PT, Pochmann nunca escondeu sua visão econômica intervencionista e estatizante, além da repudiação frontal ao que classifica de padrão “neoliberal”.O rol de polêmicas em que se envolveu desde que assumiu a presidência do órgão, em 2023, reflete os pilares de seu pensamento — traduzidos em críticas ao empreendedorismo, ao agronegócio e à classe média — e incluem até a publicação de um planta de cabeça para insignificante por motivação geopolítica.A controvérsia mais recente ocorreu em meados do mês, quando, em palestra, Pochmann preconizou a “agonia do capitalismo brasílico” posteriormente pesquisa do Datafolha provar a preferência crescente pelo trabalho por conta própria entre os brasileiros.O economista afirmou que o empreendedorismo é “um padrão moroso e excludente de inserção no mercado de trabalho, que mantém os trabalhadores em situação de autossuperexploração”.VEJA TAMBÉM:Senador quer convocar Pochmann para esclarecimentos sobre crise no IBGEAs várias polêmicas que envolvem o petista Marcio Pochmann, presidente do IBGENa origem, a estudo de Pochmann traduz a suspeição do oração sobre a subida da classe média, que ele considera uma “categoria manipulada pelo capitalismo”, sátira condensada em seu livro O Mito da Grande Classe Média (2014).A enunciação provocou reação imediata do setor produtivo e de empreendedores, que acusaram o desrespeito a milhões de brasileiros que empreendem por seu sustento e sua independência.Na outra ponta, a enunciação colide com o oração solene de pleno ocupação e com as investidas recentes do governo Lula para se reaproximar dessa parcela da população.Pochmann, porém, foi incisivo. “A teoria de que o trabalhador quer ser livre e autônomo é um mito”, disse. “Na verdade, ele foge do ocupação formal porque não encontra oportunidades dignas e está sendo empurrado para um mercado informal e precário.”Pochmann no Ipea: o fantasma do aparelho A indicação de Pochmann ao IBGE pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023, foi claro de duras críticas de economistas e enfrentou resistência dentro do próprio governo.A preocupação médio era que a gestão de Pochmann, rotulado uma vez que “retrógrado” e “heterodoxo”, arranhasse a credibilidade do IBGE, a exemplo do que ocorreu posteriormente sua passagem conturbada pela presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no governo Dilma Rousseff (PT).Na ocasião, Pochmann enfrentou acusações de aparelho político-ideológico e increpação interna que provocaram uma debandada de nomes históricos do instituto que, até logo, era visto uma vez que referência na produção de dados e diagnósticos sobre o país.A destituição de pesquisadores renomados, alguns com posições críticas ao governo, gerou protestos internos. Questionado, ele negou motivações ideológicas. “Não houve expurgo; as dispensas foram por problemas administrativos”, declarou na estação.Durante a gestão, o petista também deixou registrada sua marca ao qualificar o Estado brasílico uma vez que “raquítico”. “Os funcionários públicos representam 8% dos trabalhadores brasileiros”, disse na posse. “Em 1980 era 12%. Nos países desenvolvidos varia de 18%, nos Estados Unidos, a 40%, nas nações escandinavas.”Pochmann também questionou a narrativa de ineficiência do setor público em defesas emblemáticas: “Há muita ideologia e poucos dados nas argumentações de que o Estado é improdutivo, e os números mostram isso: a produtividade na gestão pública cresceu 1,1% a mais do que o prolongamento produtivo contabilizado no setor privado.”As intervenções não se limitaram ao funcionalismo. Pochmann também defendia posições econômicas controversas para a estação, uma vez que o galanteio da taxa básica de juros durante a crise financeira de 2008. “Na nossa visão… seria interessante que tivesse uma queda da taxa de juros real ou mesmo sua firmeza com viés de baixa, e isso não ocorreu”, disse, contrariando a postura conservadora do Banco Mediano.Gestão começa com críticas ao ajuste fiscalAlém do Ipea, Pochmann ocupou cargos estratégicos no PT, uma vez que secretário de Desenvolvimento na gestão Marta Suplicy em São Paulo e presidente do Instituto Lula e da Instauração Perseu Abramo entre 2012 e 2020 — posto que consolidou sua imagem uma vez que intelectual influente no partido.Fora das estruturas partidárias, porém, fracassou nas três eleições que disputou: para prefeito de Campinas (2012 e 2016) e deputado federalista (2018). A roteiro mais significativa foi em 2012, quando, incentivado por Lula e com escora político para chegar ao segundo vez, viu suas propostas intervencionistas e críticas ao empresariado afastarem o eleitorado.Seu retorno à gestão pública sem consulta à ministra do Planejamento, Simone Tebet, a quem o IBGE está formalmente subordinado, gerou mal-estar. “Não conheço o economista”, disse Tebet na estação. A relação entre os dois, segundo informações de bastidores, se estabeleceu de forma pragmática e cautelosa.Poucos meses depois, Pochmann confrontaria diretamente Tebet e a equipe econômica ao improbar declarações em resguardo da responsabilidade com os gastos públicos. Sem referir nomes, deixou clara a mensagem em post no X: “Teimar na perpetuidade do receituário neoliberal joga cada vez mais chuva no moinho nazifascista remodelado”, publicou.Pochmann: metralhadora giratória ideológicaAs declarações de Pochmann são uma espécie de metralhadora giratória ideólogica. O petista atacou reformas uma vez que a trabalhista e a previdenciária, realidas nos governos Temer e Bolsonaro, classificando-as uma vez que “imposições do neoliberalismo”.“O governo golpista de Michel Temer impôs ao país a ‘reforma’ trabalhista com o argumento de flexibilizar os contratos, mas os resultados são aumento da desigualdade, a precarização do trabalho e queda da renda do trabalhador”, escreveu em cláusula em 2018.Em 2023, ele usou a rede social para criticar as reformas trabalhista e previdenciária, que, segundo ele, teriam colapsado o Fundo de Apoio ao Trabalhador (FAT).Defende ainda uma redução radical da jornada de trabalho, sem galanteio proporcional de salário: “O trabalhador está produzindo muito além do que a jornada e o seu trabalho físico proporcionavam antigamente pela empresa. Por isso, é justo que se reduza a jornada de trabalho para 12 horas semanais, que seriam adequadas para contrapor esse acúmulo de capital que vem ocorrendo devido ao trabalho intangível”, disse em evento sindical.Mesmo diante de uma veras marcada pela transformação do dedo, propõe a tributação da automação para proteger empregos, em vez de priorizar a qualificação profissional voltada ao novo perfil do mercado.Sobre tecnologia, destaca-se uma de suas declarações mais controversas: a sátira ao sistema de pagamentos Pix, criado pelo Banco Mediano e lançado em outubro de 2020.“Com o Pix, BACEN concede mais um passo na via neocolonial à qual o Brasil já se encontra ao continuar seguindo o receituário neoliberal”, escreveu no logo Twitter. “Na sequência, vem a fenda financeira escancarada com o real do dedo e a sua conversibilidade ao dólar. Exigência perfeita ao protetorado dos EUA”, completou.Outro claro frequente de seus ataques é o agronegócio, que ele classifica uma vez que “tropeço ao desenvolvimento vernáculo”. Em cláusula de 2020, no site do PT, ele defendia que o país deveria reduzir sua subordinação das commodities agrícolas e denunciava a “preferência atual das elites brasileiras pelo agronegócio”, que manteria o país uma vez que “colônia primário-exportadora” e reforçaria a desigualdade social. Em contrapartida, o governo deveria “forçar a reindustrialização via mediação estatal”.IBGE e a parceria com a China Simpatizante confesso da ditadura chinesa, Pochmann defende que a China não deveria ser somente uma parceira mercantil, mas também uma escolha ideológica aos modelos ocidentais.Em 2024, o IBGE firmou um “memorando de entendimento” com o Instituto Pátrio de Estatísticas da China (NBS) para estreitar a cooperação técnico-científica entre os dois países. Dessa parceria nasceu o pouco discutido Sistema Pátrio de Geociência, Estatísticas e Dados (Singed).“A China tem um sistema de estatísticas que é muito mais avançado que o nosso”, disse Pochmann, acrescentando que “o meio dinâmico do mundo migrou para o Oriente”. Segundo ele, o Singed seria uma utensílio para combater a “desinformação e obscurantismo” promovidos pelas big techs — influência que ele comparou, de forma controversa, ao papel instituições na Idade Média.“As grandes empresas de tecnologia e informação reconfiguram o chegada ao saber em tempo real, mas operam sem regulação, implantando modelos de vigilância e controle que podem volver a conquista da modernidade. Em vez de sermos projetados rumo à emancipação — uma vez que na Renascença — estamos sob um regime que remete aos antigos e medievais, onde o poder se concentra e coage”, escreveu na estação em cláusula na Focus Brasil, no site da Instauração Perseu Abramo.A aproximação do IBGE com o regime chinês acendeu o alerta vermelho entre os servidores, já que o país asiático é suspeito de maquiar seus indicadores oficiais. O gesto reforçou a sensação de aparelho ideológico no órgão e coincidiu com a geração da Instauração IBGE+, detonando uma crise interna já tida uma vez que a mais grave em quase 90 anos de história do instituto.Servidores e o “IBGE Paralelo” A geração da Instauração IBGE+, entidade de natureza público-privada, foi apresentada por Pochmann em julho de 2024 uma vez que uma escolha para captar recursos de estatais e bancos públicos. Os servidores, no entanto, alegaram ter sido surpreendidos por uma iniciativa “sigilosa e sem consulta interna”.A equipe técnica temia os riscos à autonomia técnica do instituto e à possibilidade de interferências políticas nas pesquisas. Na prática, o projeto – denominado de “IBGE Paralelo” – comprometeria a credibilidade do instituto.“O orçamento público está cada vez mais apertado. Precisamos de mecanismos para prometer a sustentabilidade das pesquisas”, justificou Pochmann à estação.A insatisfação ganhou força a partir de setembro de 2024, com protestos formais contra a presidência. Entre as principais queixas estavam a transporte autoritária das decisões. Em janeiro de 2025, a crise institucional se agravou. Quatro diretores pediram destituição. Mais de 600 servidores, dos quais quase 300 ocupavam cargos de chefia, assinaram uma missiva oportunidade criticando duramente a gestão, classificada uma vez que “autoritária e desconectada da veras”.A crise ultrapassou os muros do IBGE e chegou ao Congresso. O senador Rogério Marítimo (PL-RN) protocolou no Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido de encolhimento cautelar de Márcio Pochmann. Marítimo argumentou que havia risco de “contaminação ideológica” nas pesquisas oficiais, uma vez que o IPCA, e solicitou também a suspensão imediata da Instauração IBGE+.Pochmann e o governo foram obrigados a recuar. Em 29 de janeiro, a presidência do IBGE anunciou a suspensão temporária da Instauração IBGE+.Encómio ao protecionismo trumpistaAs ideias de Márcio Pochmann estão longe de camufladas. Além de seus livros, uma breve procura por entrevistas, artigos e postagens em redes sociais é suficiente para reprofundar em seu universo ideológico.Suas declarações compõem uma mina de citações reveladoras de um pensamento marcado pelo estatismo, pelo antiliberalismo e por uma visão marxista datada — aplicada com crença a temas centrais do debate vernáculo e internacional.Um exemplo emblemático está em sua estudo sobre o tarifaço promovido por Donald Trump. Em postagem feita no X, o economista elogiou a política protecionista norte-americana e fez um paralelo com o padrão da Cepal de substituição de importações, que marcou o Brasil nas décadas de 1930 a 1980. Com ironia, escreveu: “Prebisch e Furtado devem ter se remexido no caixão”, referindo-se aos dois principais formuladores da teoria do desenvolvimento latino-americano.E continuou: “Dificilmente acreditariam que o padrão econômico da Cepal seria retomado e implementado nos EUA no ano de 2025 visando simultaneamente diminuir a subordinação das importações e ampliar a produção vernáculo, sobretudo com a retomada da industrialização justamente naquele país que se situa no meio do capitalismo mundial.”Ou seja, para Pochmann, o protecionismo industrial brasílico não somente funcionou uma vez que deveria ser resgatado. Na sua narrativa, o Brasil trilhava o caminho visível até 1990, quando a eleição de Fernando Collor teria iniciado um processo de desmonte do padrão desenvolvimentista, seguido pelas reformas liberalizantes promovidas nos anos FHC. “O ingresso passivo e subordinado na globalização neoliberal” teria provocado “a ruinoso da sociedade urbana e industrial a partir de 1990.”Para o atual presidente do IBGE, o desabrigo da industrialização voltada ao mercado interno, com escora estatal e barreiras comerciais, foi um erro estratégico — e os problemas que vieram depois seriam consequência direta dessa guinada liberal.O que Pochmann não menciona é que no termo dos anos 1980 o país acumulava distorções macroeconômicas, ineficiências produtivas e uma dívida impagável. A indústria altamente protegida era pouco competitiva, voltada quase exclusivamente ao consumo doméstico e incapaz de concorrer internacionalmente. A fenda mercantil revelou sua baixa competitividade.Antes de 1990 e da suposta ruinoso apontada pelo economista, o país já se revolvia em crise da dívida, hiperinflação, empobrecimento e uma sequência de planos econômicos heterodoxos para tentar estabilizar a economia.Pochmann põe Brasil no topo do mundo Entre tantas iniciativas marcadas por ativismo político e zelo ideológico, talvez nenhuma traduza melhor o espírito do presidente do IBGE do que a tentativa de “recolocar o Brasil no planta”.Em um gesto que uniu ousadia geográfica e originalidade simbólica, Pochmann determinou que o instituto passasse a adotar versões alternativas do mapa-múndi em materiais técnicos e educacionais. Nelas, o hemisfério Sul aparece no topo, com a teoria de posicionar o Brasil uma vez que protagonista do mundo — pelo menos no papel.A medida foi oficialmente justificada uma vez que secção de um esforço para “descolonizar a visão geográfica” e refletir o “reposicionamento geopolítico do Brasil no mundo multipolar”. Na prática, uma tentativa de Pochmann de subordinar o IBGE a uma agenda ideológica alinhada ao chamado “sul global”, em detrimento de padrões consolidados internacionalmente.Embora mapas invertidos sejam analisados em meios acadêmicos uma vez que exercícios de reflexão, nunca haviam sido adotados oficialmente por um instituto estatístico vernáculo. A conferência com regimes autoritários, que moldam representações da veras para ajustá-las a narrativas de Estado, surgiu naturalmente.Pochmann tentou justificar a iniciativa uma vez que forma de “ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais”, uma vez que Brics, Mercosul e na COP30, que será realizada em Belém. Mas o efeito não foi exatamente diplomático. Nas redes sociais, o planta virou meme. Um internauta ironizou: “Mas Márcio, quem tá no topo agora é o Milei. Consegue emendar isso?”

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