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Os profissionais de saúde acusaram nesta segunda-feira, 5 de Maio, o Governo de “mascarar” a falta de medicamentos nas unidades sanitárias e anunciaram que vão retomar o cumprimento de unicamente oito horas de serviço, uma vez que reivindicação ao não pagamento das horas extraordinárias.
“A associação tem conhecimento de que o Executivo quer tentar mascarar a verdade nas unidades sanitárias, informando alguns profissionais que devem prescrever qualquer tipo de medicamentos não harmonizável com a patologia do paciente caso estes não existam, e assim fazer perceber que as unidades dispõem de medicamentos”, denunciou o presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave.
Em conferência de prelo, a APSUSM voltou a acusar o Governo de ameaçar os profissionais do sector que aderem à greve, avançando que a novidade período, a insistir 15 dias a partir desta segunda-feira, vai consistir no cumprimento de oito horas de serviço e sem a presença dos profissionais nas unidades sanitárias nos fins-de-semana.
“Vamos também reduzir o ritmo do trabalho, oferecendo assistência mínima aos pacientes. As negociações com o Executivo continuam, mas sem consensos”, sublinhou Muchave citado pela Lusa.
Os profissionais de saúde estão em greve desde o dia 17 de Abril, com a situação a estender-se por falta de entendimento com o Governo. Na semana passada, avançaram para uma novidade período da protesto, com uma paralisação totalidade das actividades entre 1 e 4 de Maio, acusando o Executivo de “manipular” a opinião pública, ao minimizar a greve e os seus impactos.
Recentemente, o ministro da Saúde, Ussene Isse, voltou a criticar a greve no sector e pediu diálogo. “Uma greve na saúde é um sinistro. A minha recomendação e pedido aos meus colegas é que vamos discutir o matéria, por um lado, mas não podemos deixar de atender os nossos pacientes.”
Causas das reivindicações
Há três anos que a APSUSM exige que o Governo providencie medicamentos aos hospitais (face à premência, em alguns casos, de serem adquiridos pelos pacientes), muito uma vez que a obtenção de camas hospitalares.
Outras reivindicações passam pela solução da “falta de sustento”, do equipamento de ambulâncias com materiais de emergência e dos equipamentos de protecção individual não descartáveis, cuja falta vai “obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso”, além de um melhor enquadramento no contexto da Tábua Salarial Única (TSU).
O Sistema Pátrio de Saúde enfrentou, nos últimos dois anos, diversos momentos de pressão provocados por greves de funcionários, convocadas, primeiro, pela Associação Médica de Moçambique (AMM) e, depois, pela APSUSM, que abrange muro de 65 milénio profissionais de saúde de diferentes departamentos e que exigem, sobretudo, melhorias das condições de trabalho.
O País tem um totalidade de 1778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.a d v e r t i s e m e n t