
Segundo o relatório de comitiva dos mercados de crédito de 2024, os bancos aceitaram 60.491 renegociações que envolveram 55.008 contratos de crédito, menos 60,6% do que no ano anterior.
O montante dos créditos negociados abrangeu muro de 6.500 milhões de euros, menos 62% do valor de 2023.
No ano anterior, os bancos tinham concretizado 153.692 renegociações, associadas a 143.493 contratos que envolveram empréstimos de 17.022 milhões de euros.
“Esta evolução ocorre depois um propagação acentuado das renegociações em 2023 e num contexto macroeconómico que viabilizou o aumento do rendimento disponível das famílias e a sua capacidade creditícia, reduzindo a urgência de renegociação dos contratos de crédito à habitação”, explica o banco meão.
Em média, o valor renegociado foi de 107,3 milénio euros, o que compara com 110,7 milénio euros em 2023.
Segundo o BdP, voltou a aumentar a proporção dos contratos objeto de renegociação “cujos mutuários não apresentavam qualquer situação de incumprimento (97,7%, em 2024, face a 90,7%, em 2023)”.
O número renegociações representou 4,2% dos contratos em carteira no final de 2024, quando no ano anterior a percentagem dos contratos que sofreram alterações contratuais abrangeu 10,7% do totalidade.
Das renegociações realizadas em 2024, em mais de metade (56,3%) só foi alterada uma exigência contratual, “maioritariamente o ‘spread’ do contrato (54,5% do totalidade de renegociações). De consonância com o BdP, isso “poderá ser explicado, em secção, pelas campanhas promovidas pelas instituições de crédito e pela proatividade dos mutuários em diminuir as prestações mensais do seu crédito à habitação”.
Já em muro de 18% das renegociações foram alteradas duas condições contratuais (por exemplo, o ‘spread’ e outras condições do contrato com efeito financeiro, porquê uma mudança no indexante ou a definição de uma prestação mais baixa durante um perceptível período, mas não o prazo ou o tipo da taxa de rendimento).
Em 25,8% das renegociações foram alteradas mais do que duas condições financeiras.
O relatório do BdP mostra ainda que o número de reembolsos antecipados feitos pelos clientes aos bancos também baixou em 2024, depois de um “aumento significativo em 2023”.
O número de reembolsos antecipados (totais ou parciais) caiu 26,1% face a 2023, de 247.274 para 182.624, levando a uma quebra de 19,6% no montante amortizado, de 11.228 milhões de euros para 9.033 milhões.
Dos 182.624 pagamentos antecipados, 105.054 dizem reverência a reembolsos totais, enquanto 77.570 são reembolsos parciais.
A subtracção “ocorre num contexto de descida das taxas de rendimento aplicáveis aos contratos de crédito à habitação”, o que reduziu “os incentivos às amortizações antecipadas de crédito”, refere o BdP.
“O montante médio por reembolso aumentou de 45.408 euros, em 2023, para 49.461 euros, em 2024, por efeito dos reembolsos totais, uma vez que a redução no número de reembolsos totais foi superior à redução do montante reembolsado”, indica ainda o banco meão.
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