
A novidade modalidade de crédito consignado voltada aos trabalhadores do setor privado, em vigor desde o final de abril, teve uma disparada dos juros médios no primeiro mês completo de operação de consonância com dados do Banco Médio. As taxas superaram em mais de 15 pontos percentuais os valores praticados anteriormente e foram na contramão do esperado pelo governo.Segundo a domínio monetária, a taxa anual do chamado “Consignado CLT” saltou de 44% para 59,1% entre março e abril, o que equivale a 3,94% ao mês. O director do departamento de estatística do Banco Médio, Fernando Rocha, afirmou que essa disparada seja um revérbero do risco que os bancos estão vendo no perfil da dívida e de endividamento dos trabalhadores privados.“[A nova linha] ampliou o leque de clientes e fez com que houvesse uma demanda muito significativa [pelo crédito consignado]. Provavelmente os bancos avaliaram que esse leque de clientes tinha um perfil de dívida, de endividamento ou de condições de pagamento pior do que aqueles que já estavam nessa modalidade”, afirmou em uma entrevista coletiva nesta quinta (29).VEJA TAMBÉM:Desaprovação a Lula atinge maior nível desde janeiro de 2024; economia e prevaricação preocupamApesar do aumento significativo no dispêndio do crédito, a demanda cresceu no período com um volume totalidade emprestado subindo 7,4% e alcançando R$ 45,2 bilhões. Com isso, o estoque totalidade de crédito consignado, que inclui também aposentados do INSS e servidores públicos, atingiu um recorde histórico de R$ 704 bilhões.A estudo de Rocha é compartilhada pelo Ministério da Quinta, que avalia que a expansão da base de trabalhadores com chegada ao resultado – de 4 milhões para murado de 47 milhões de potenciais tomadores – modificou o perfil de risco das operações.“Muda-se significativamente o perfil de risco das novas operações contratadas nessa risco específica”, informou a pasta, acrescentando que as empresas anteriormente habilitadas ao desconto em folha apresentavam “perfil de maior firmeza” e “risco de crédito mais plebeu”.Apesar da subida inicial nos juros, o Banco Médio projeta uma provável reversão nos próximos meses, com a ingressão em vigor do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) porquê garantia para os empréstimos. A expectativa é que o recurso passe a valer em julho.“É razoável esperar que, quando a opção de uma garantia no FGTS estiver plenamente operacional, esse movimento se reverta”, afirmou Rocha.Aumento da inadimplênciaO Banco Médio também revelou que a inadimplência média nas operações de crédito teve elevação entre março e abril, subindo 0,3 ponto percentual e atingindo 3,5%. A inadimplência cresceu tanto entre empresas (de 2,2% para 2,5%) quanto entre famílias (de 3,9% para 4,1%), com aumento nas operações com recursos livres (de 4,5% para 4,8%) e direcionados (de 1,5% para 1,7%).Apesar disso, Rocha ponderou que “ainda é cedo” para declarar se os dados marcam o início de um novo ciclo de subida da inadimplência.Em meio a esse cenário, o propagação amontoado em 12 meses do estoque de crédito bancário mostrou ligeiro aceleração em abril, embora ainda aquém do pico registrado em fevereiro. O progressão das concessões de crédito bancário, ajustado sazonalmente, foi de 3,1% no mês e foi classificado porquê “possante” pelo BC.Entre os empréstimos a empresas, destacaram-se as linhas de Antecipação sobre Contrato de Câmbio (ACC) e de financiamento a exportações.